Apesar de Mato Grosso apresentar alta no Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 a 2016, conforme o MT Econômico tinha informado em matéria anterior, o resultado de 2016 apresentou queda, com retração em volume de 6,3% no ano citado. Em comparação nacional a queda só não foi superior aos estados do Piauí e do Amazonas, conforme dados do IBGE.
Só Roraima (0,2%) teve resultado positivo no PIB em 2016. O Distrito Federal registrou estabilidade (0,0%) e os outros 25 estados tiveram quedas no PIB, sendo que em 10 deles a variação ficou acima da média nacional (-3,3%). Estes 12 estados representaram 68,3% do PIB brasileiro em 2016. As maiores quedas foram de Amazonas (-6,8%), Mato Grosso e Piauí, ambos com -6,3%.
Mesmo com a retração, Mato Grosso aumentou sua participação na economia nacional, de 1,8% para 2% e saltou uma posição na lista de posição relativa segundo o PIB, da 14ª para a 13ª.
O setor agropecuário tem desempenho destacado na economia do estado e em 2016 apresentou queda em volume de 22,4%. O resultado justifica-se, sobretudo, pela atividade da agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, que representou 18,6% da economia do Estado em 2016 (15,9% em 2015). A queda em volume de 28,2% desta atividade esteve atrelada às condições climáticas desfavoráveis, devido à forte estiagem ocorrida em especial no período de segunda safra. O cultivo de soja, destaque na economia mato-grossense, foi amplamente atingido, bem como as culturas de algodão e milho. Conduto, a atividade teve resultado positivo em valores correntes devido ao aumento de preços e redução de custos de alguns dos principais insumos para a produção. Enquanto isso, na pecuária, inclusive apoio à pecuária, o crescimento em volume de 4% foi impulsionado pela criação de bovinos.
A indústria mato-grossense apresentou queda em volume de 4,5%, em que pesou em grande medida o desempenho da atividade de Construção, com decréscimo de 12,9%. Tal resultado vinculou-se ao contexto nacional de retração da Construção em função da queda de investimento, com destaque para a retração nas obras de infraestrutura. Já em Indústrias de transformação, a queda de 0,9% ocorreu principalmente devido à fabricação de álcool e biocombustíveis.
Serviços sofreu a menor queda em volume entre os três setores, -1,9%, e teve sua participação no valor adicionado bruto da economia mato-grossense reduzida em função do ganho relativo da Agropecuária, em valores correntes. As atividades que mais influenciaram o resultado em volume do estado foram Comércio e reparação de veículos automotores e Transporte, armazenagem e correio, que apresentaram queda de 9,4% e 5,0%, respectivamente. Porém, outras atividades de grande participação no setor tiveram desempenho em volume positivo, o que contribuiu para conter parcialmente o resultado de Serviços, sendo elas: Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, 2,0%; Atividades imobiliárias, 2,6%, e Educação e saúde privadas, 4,5%.
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