Para encontrar novas alternativas de crédito e financiamento, bem como realizar a otimização de processos internos e organização de informações, surge a consultoria financeira para agronegócio COFAN.
O diretor financeiro Pablo Padilha informa que não há como o produtor rural financiar sua atividade com recursos próprios. O empresário precisa acessar o crédito de instituições financeiras, em grande parte subsidiado pelo poder público. Só que isso acaba gerando uma relação de dependência e é sabido que a disponibilidade desses recursos é sempre menor do que a demanda, salienta o consultor.
Há ainda situações em que o produtor já acessa os 5 maiores bancos, detentores de 80% do volume de negócios do país, mas não possui mais lastro por conta de contratações de crédito feitas anteriormente e ainda não quitadas, exemplifica.
É nesses momentos que se mostra importante um know how mais aprofundado do mercado, que somente os profissionais da área tem. “Evidentemente, não se trata de desmerecer o conhecimento do produtor, mas quem lida no dia a dia com eles sabe que seu foco está concentrado no campo, na atividade produtiva. Hoje não há mais como o empresário estar à frente de tudo. É muita informação”, frisa Padilha.
“O acesso ao crédito não está mais tão limitado, existem diversas outras fontes de crédito. Mas para que ele tenha acesso é necessário tratar as informações, sejam fiscais, contábeis, administrativas, de maneira diferenciada. Ele precisa ter uma qualidade maior nessas informações. Nesse ponto uma consultoria especializada pode gerar um resultado melhor para o produtor rural”, garante. Além de qualificar as informações, o profissional pode fazer o link entre o produtor rural e as novas opções de crédito, como bancos de menor porte, fintechs, fundos de investimento, entre outros, acrescenta o consultor.
Padilha explica que há grande leque de alternativas só esperando para serem acessadas. “O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), por exemplo, é uma operação que gera um recebível interessantíssimo para ser negociado no mercado financeiro. O produtor rural também pode buscar através de sua empresa a emissão de debêntures”, salienta. Um consultor analisará o perfil de cada investidor e indicará as melhores alternativas. “O que acontece com isso? Ele tem condições de obter melhores prazos, melhores taxas. É uma grande vantagem”, analisa.
O consultor também pode auxiliar o produtor na adaptação de sua empresa aos requisitos que essas novas ferramentas de financiamento exigem. Como nos processos de implantação de uma governança corporativa, na definição da sucessão familiar, qualificação das informações contábeis e emissão de balanços, ainda que sejam de pessoas físicas, elenca Padilha. “A organização cadastral para acessar o que eu chamo de bancos de menor porte, agentes nacionais que podem financiar o agronegócio, não demanda muito tempo. Em torno de 90 dias é possível a equipe da consultoria entrar, entender as informações do cliente, melhorar essas informações e já disponibilizar no mercado e ter aprovação e crédito”, calcula.
Para acessar outros mercados, como a emissão de uma debênture através de uma pessoa jurídica, o acesso a uma operação de repasse de crédito de dívida com fundo de investimento, o processo seria mais longo, avisa o consultor. Pode levar de 6 meses a um ano. “Mas dá para acessar inicialmente os que necessitam de informações mais fáceis de conseguir, enquanto se desenvolve o processo mais demorado, para poder começar a trabalhar com esses recursos”, sugere.
E por que tantas exigências? “É uma questão internacional. Fora do Brasil, de onde vêm esses recursos, seja da Europa ou dos Estados Unidos, já existe uma cultura de qualidade e confiabilidade dessas informações. Também existe um rigor talvez maior na análise porque são operações com custo menor e com maior prazo de pagamento. Como o espaço de tempo é longo, há mais risco envolvido”, justifica. Padilha garante que compensa o investimento. “A taxa de juros dessas operações é até 5 pontos percentuais menor do que uma operação tradicional no mercado de financiamento do agronegócio”, calcula.