O setor da suinocultura mato-grossense espera que o ano de 2019 seja melhor, pois em 2018 houve queda de até 3% no segmento.
De acordo com a Associação de Criadores de Suínos do Estado (Acrismat), a oscilação do dólar, o aumento no preço dos produtos que compõem a ração e o valor do frete interferiram diretamente na produção.
Para os criadores de suínos em Diamantino, a 209 km de Cuiabá, outro fator também contribuiu para a retração: a redução no valor da carne de frango.
“Nossa expectativa era de que com as festas de fim de ano, o consumo da carne suína aumentasse e trouxesse rentabilidade ao setor. No entanto, com a redução no valor da carne de frango, o consumidor acabou tendo outra opção mais barata”, explicou o gerente de uma granja de porcos, Magnum Antônio Tonoli
Ele destaca ainda que o embargo da Rússia à carne brasileira também prejudicou a produção e fez com que os criadores repensassem e reduzissem o abate de animais.
“Na granja são criados 160 mil suínos. Diariamente são abatidos cerca de 1,2 mil animais por mês, mas a tendência é reduzir, já que a exportação também diminuiu”, comentou ele.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2018, o mercado suíno registrou queda na exportação em relação ao ano passado. Em 2017, foram exportadas 697 mil toneladas. Enquanto que este ano, foram 640 mil toneladas. Uma redução de 8%.