Com o Fundo Nacional de Desenvolvimento Ferroviário (FNDF) aprovado pela Comissão Especial destinada à análise da Medida Provisória 845/2018 na semana passada, as discussões sobre investimentos ferroviários no país e em Mato Grosso poderão ser fortalecidas.
O fundo funcionará por cinco anos, contados a partir de 20 de julho deste ano, data de publicação da medida, e visa ampliar a capacidade logística do Sistema Ferroviário Nacional. O fundo é composto por recursos do Orçamento da União, por doações e por outras fontes, como o montante arrecadado com a outorga e o ágio da subconcessão da Estrada de Ferro 151 — conhecida como Ferrovia Norte-Sul —, no trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP). A ideia, segundo o governo federal, é direcionar os recursos arrecadados com a concessão do trecho para investimentos que retroalimentem o setor, evitando que os recursos obtidos com a licitação sejam destinados ao Tesouro Nacional e acabem usados em outros setores.
Em Mato Grosso existem projetos ferroviários importantes, como a ferrovia de integração do Centro-Oeste (Fico) que ligará Campinorte, em Goiás, a Água Boa, atendendo 18 milhões de toneladas de grãos, em 380 quilômetros e também o projeto da Ferrogrão, que os próprios produtores de Mato Grosso mostraram interesse em assumir o projeto.
Mato Grosso é um dos estados brasileiros que mais se desenvolveu no ramo do agronegócio nos últimos anos. Este setor ajuda a equilibrar a balança comercial e alimentar diversos países do mundo. No entanto, pela distância dos portos, o estado é prejudicado no escoamento agrícola, pois as estradas ou são insuficientes, ou estão em más condições ou tem trechos que ainda nem foram construídos.