A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa pretende colocar hoje (05) em pauta para votação, a soltura do deputado estadual Mauro Savi (DEM) que foi preso em mais uma fase da Operação Bereré, intitulada de Bônus. O parlamentar é acusado de comandar esquema no Detran-MT que desviou cerca de R$ 30 milhões dos cofres públicos por meio de um contrato fraudulento firmado entre a EIG Mercados Ltda e a autarquia.
A Procuradoria da Casa de Leis afirma que a votação é legítima. Após a votação que decide se Mauro Savi continua ou não preso preventivamente no Centro de Custódia, o resultado será encaminhado ao desembargador José Zuquim Nogueira, que irá avalizar ou não a decisão.
Essa decisão de encaminhar para Zuquim é para não gerar conflito com o Ministério Público Estadual e Poder Judiciário, que já deixaram bem claro que a decisão de soltura de Savi não cabe a Assembleia, mas mesmo assim a mesa diretora quer votar com base na análise da Procuradoria da Casa que diz que o Poder Legislativo tem a prerrogativa constitucional de julgar o mérito, ou seja, se mantém ou não a prisão. Só que o alvará, é uma cláusula de reserva de jurisdição, razão pela qual apenas o juízo competente poderá expedi-lo.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), não irá participar de qualquer decisão ou ato envolvendo a prisão de Savi.
Isso porque, ele se declarou suspeito por também estar sendo investigado no mesmo inquérito. Desta forma, caberá aos deputados Gilmar Fabris (PSD), Max Russi (PSB), Guilherme Maluf (PSDB), Nininho (PSD) e Silvano Amaral (MDB) decidir se votam ou não a revogação da prisão de Savi.