Com cerca de 600 mil habitantes, Cuiabá, nos seus quase três séculos de fundação, ainda está longe de ser uma cidade para todos. Sandro Luiz da Silva, que é diretor financeiro da Associação Mato-grossense dos Cegos (AMC), conhece de perto as reais necessidades das pessoas com algum tipo de deficiência na Capital. O candidato a prefeito por Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), conversou com Sandro para buscar entender a situação dessas pessoas visando à criação de políticas inclusivas.
De acordo com Sandro, é preciso se colocar no lugar do outro, ter empatia, para poder entender a realidade dos deficientes físicos que vivem em Cuiabá. “Quem anda pelas ruas e avenidas da cidade, mesmo não tendo nenhuma deficiência, percebe claramente as condições das vias públicas. Calçadas sem rampas, sem piso tátil e repletas de armadilhas. Quando você menos espera surge um buraco ou um degrau logo a sua frente. E o que queremos é transitar com dignidade”, ressaltou.
Emanuel ressaltou que seu governo irá preconizar o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que tem numa escala de prioridades as pessoas com necessidades especiais (PNE) em primeiro lugar, seguido sucessivamente dos pedestres, dos veículos não motorizados, transporte público e por último o transporte automotivo privado.
“Os deficientes físicos serão tratados com dignidade pela minha gestão. Meu compromisso é investir num projeto de acessibilidade, seguindo a Lei Orgânica do Município e o Manual de Calçadas da Prefeitura Municipal, que estipula um padrão para a instalação de rampas para cadeirantes e piso tátil aos deficientes visuais. Sendo assim, cobraremos a adequação das calçadas com acessibilidade, tendo como ponto de partida o Centro da Capital”, destacou.
Outro ponto ressaltado por Pinheiro são os elevadores para cadeirantes nos ônibus do transporte coletivo da Capital. Para ele, 100% da frota devem estar equipados com ascensores. “Gosto sempre de lembrar uma frase do jornalista Alves de Oliveira, que dizia que a cidade vive dos que vivem nela. Portanto, o gestor público tem o dever de viver a vida da população, conhecer os anseios da sociedade. Assim, terei o dever de implantar políticas públicas de inclusão às pessoas com deficiência”, destacou.