Só em 2023 é que a prefeitura de Cuiabá irá pagar os cerca de U$ 110 milhões que a Câmara de Cuiabá autorizou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) a financiar junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina.
As parcelas serão semestrais, com juros de 4% a 5% ao ano. Emanuel espera que até o vencimento da primeira prestação, a retomada do crescimento econômico, esperada no governo Jair Bolsonaro (PSL), garanta que a moeda americana tenha cotação mais baixa em relação à brasileira, o que deve fazer com que o município economize dinheiro.
A transação ainda tem que ser finalizada junto a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para efetivação. “Vamos abrir todas nossas contas para o Tesouro Nacional e mostrar que Cuiabá tem equilíbrio fiscal”. Depois do aval da STN, os projetos seguem para análise no Senado.
No total, a Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, autorizou que U$ 615 milhões fossem contratados para investimentos no Brasil. Nove projetos do setor público foram contemplados e Cuiabá conseguiu quase 20% do recurso.
As outras cidades beneficiadas são: Belo Horizente (MG), Guarulhos (SP), Mogi das Cruzes (SP), Presidente Prudente (SP), Foz do Iguaçu (PR), Três Lagoas (MS) e Aparecida de Goiânia (GO), além do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Projetos Segundo Emanuel Pinheiro, o município vai ter 16 anos para pagar o financiamento, começando em 2023 e concluindo em 2038. O recurso deve ser recebido à medida em que as obras as quais ele é destinado forem saindo do papel.
Até agora, os principais projeto pensados pelo prefeito são a pavimentação de 150 a 200 quilometros de ruas na Capital; a construção do Contorno Leste – uma rodovia de17,3 quilômetros, saindo do Distrito Industrial e chegando à Rodovia Emanuel Pinheiro -; e a expansão das áreas de lazer, como praças e parques nos bairros da cidade.
“Esse empréstimo é para contemplar Cuiabá para as comemorações dos 300 anos. É um legado que queremos deixar na área de infraestrutura, lazer, saúde, turismo e cultura. Queremos finalizar esses investimentos até 2020”, concluiu.