O Brasil está entre as cinco contas de energia elétrica mais caras do mundo, até mesmo em ambientes empresariais o consumo elevado escancara gastos, desperdícios prejudiciais e tarifas altas, fatores impactantes nas finanças.
Segundo uma pesquisa recente da Grant Thornton, no último trimestre do ano passado cerca de 36% dos empresários demonstraram preocupação com o custo de energia no Brasil. Entre as empresas há um hábito comum de adesão a contratos padrões sugeridos pela distribuidora de energia elétrica local sem consultarem opções de contratações melhores, operando sob contratos antigos nunca ajustados aos perfis de consumo do contratante.
Confira os principais erros a serem evitados quando o assunto é conta de energia:
1. Pagar tarifas voláteis ou mais altas do que o necessário: Muitas empresas aderem ao contrato padrão da distribuidora de energia local sem perceber que existem opções mais vantajosas. Essas tarifas podem oscilar conforme o mercado, gerando custos imprevisíveis e muitas vezes mais altos. Além disso, contratos antigos podem não ser ajustados ao longo do tempo, resultando em gastos desnecessários.
Para o engenheiro elétrico e CEO da Voltera, Alan Henn, uma das alternativas vantajosas para fugir das tarifas voláteis ou além do necessário para as empresas seria uma migração para o mercado livre de energia: “Para as empresas que acabam aderindo aos contratos da distribuidora local, eu sugiro uma alternativa para fugir de custos além que é o mercado livre de energia. Com isso o cliente e a contratante negociam de forma justa levando em consideração o consumo, é uma opção mais flexível”.
2. Consumo excessivo com AVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado): Sistemas de climatização podem representar entre 40% e 60% do consumo total de energia em alguns negócios, como academias e escritórios. Erros como falhas na programação, manutenção inadequada e acionamento simultâneo de aquecimento e resfriamento podem gerar desperdício significativo. Para a correção do consumo excessivo com AVAC, orienta-se ajustes nos horários de funcionamento e manutenções corretivas dos equipamentos para reduzir drasticamente os custos com energia.
3. Erros de faturamento e problemas técnicos com a fornecedora: O tipo de tarifa contratada impacta diretamente os custos de energia. Se a empresa estiver na modalidade errada, pode pagar mais do que o necessário. Além disso, medidores com defeito podem registrar valores incorretos, resultando em cobranças indevidas.
“Muitas empresas só percebem que estão pagando mais quando já perderam dinheiro por meses. Monitorar a conta de energia e revisar contratos regularmente é essencial”, alerta Henn.
4. Tarifas enganosas e contratos confusos: Alguns fornecedores utilizam contratos com cláusulas ocultas ou ajustes automáticos de tarifa, surpreendendo os clientes com aumentos inesperados.
“Sempre revise os contratos antes de assinar e busque parceiros confiáveis. Tarifas iniciais muito baixas podem esconder armadilhas no longo prazo”, recomenda o CEO.
5. Perda de oportunidades de economia com programas de incentivo: Programas de resposta à demanda oferecem descontos ou pagamentos para empresas que reduzem o consumo em horários de pico, quando a energia é mais cara. Além disso, deslocar o uso de energia para horários menos custosos pode gerar uma economia significativa.
“Muitas empresas desconhecem essas oportunidades e acabam pagando mais sem necessidade. Ficar atento a esses programas pode trazer benefícios financeiros expressivos”, finaliza Henn.
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