O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou nesta semana uma análise que revela um aumento de 4,31% no Custo Operacional Efetivo (COE) para a produção de leite em Mato Grosso no primeiro semestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. O COE alcançou R$ 1,45 por litro, impulsionado por elevações nos gastos com suplementação mineral (6,79%), outros custos operacionais (14,99%) e aquisição de animais (18,81%).
Preço Médio ao Produtor e Margem Operacional
Apesar do aumento nos custos, o preço médio pago ao produtor no estado foi de R$ 2,31 por litro, resultando em uma margem positiva de R$ 0,87 por litro quando considerado apenas o COE. No entanto, ao incluir depreciações e mão de obra familiar, o Custo Operacional Total (COT) atingiu R$ 2,37 por litro, gerando uma margem líquida negativa de R$ 0,06 por litro. Essa situação evidencia desafios para a sustentabilidade financeira da atividade leiteira no estado.
Retração na Captação de Leite
O Imea também apontou uma diminuição na captação de leite em Mato Grosso, com o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) registrando 51,28%, uma retração de 3,47 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024. Essa redução é atribuída a fatores como o aumento nos custos de produção e condições climáticas desfavoráveis, que impactam a oferta de leite no estado.
Perspectivas para o Segundo Semestre
Com a chegada do período seco, espera-se que a captação de leite diminua ainda mais, o que pode exercer pressão sobre os preços e custos no setor. O Imea destaca que a viabilidade da atividade leiteira depende de margens que cubram não apenas os custos diretos, mas também investimentos de longo prazo, como depreciações e mão de obra familiar. Sem essas margens, a rentabilidade do setor pode ser comprometida, afetando a sustentabilidade da produção de leite em Mato Grosso.
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