A movimentação mostra que reciclagem vai muito além da coleta seletiva. Trata-se de um setor estratégico, que alia sustentabilidade e inovação, com grande potencial de integração às cadeias produtivas locais — especialmente o agronegócio. “Importamos 14 contêineres de máquinas modernas, montamos a planta e capacitamos mão de obra local. Hoje operamos uma linha industrial das mais avançadas do país, com capacidade para transformar resíduos em novos produtos e energia para outras indústrias”, afirma Rodrigo Crosara, diretor da Canaã Recicláveis.
O empresário lembra do crescimento do setor ao longo dos anos. “Quando cheguei em Cuiabá notei que havia muito espaço para atuar e iniciei com o comércio de materiais recicláveis. Naquele tempo, ainda existiam lixões e poucas empresas se preocupavam com a destinação correta dos resíduos.
Começamos comprando, segregando, prensando e revendendo para indústrias, mas tudo era enviado para fora. Com o tempo, o governo e a sociedade passaram a olhar com mais atenção para essa questão”, disse.
A aposta em inovação acompanha a evolução das demandas ambientais. Com a logística reversa, o uso do Combustível Derivado de Resíduos (CDR) em cimenteiras e a rastreabilidade digital, a empresa fortaleceu um modelo de negócio que agrega valor ao resíduo e amplia a competitividade das indústrias que cumprem a legislação ambiental.
Com a base sólida do comércio de recicláveis e a nova estrutura industrial, “ queremos mostrar que, o resíduo é uma oportunidade, com tecnologia e inovação, é possível transformar desafios ambientais em soluções rentáveis e estratégicas para a economia mato-grossense”.
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