Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE)aponta que a inflação atinge mais quem ganha menos. Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços para as famílias de menor renda (entre 1 a 5 salários mínimos) subiu 0,95% em fevereiro, ficando 0,5 ponto percentual acima do IPCA do mês (0,90%), que analisa a variação de preços para as famílias com rendimento de até 40 salários mínimos.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo o IBGE, a taxa de 0,95% relativa ao INPC de fevereiro foi 0,56 ponto percentual inferior ao INPC de janeiro: 1,51%.
Com o resultado, o INPC acumula alta de 2,47% nos dois primeiros meses do ano, resultado superior aos 2,18% do IPCA acumulado no bimestre – 0,29 ponto percentual maior Nos últimos doze meses, o índice ficou em 11,08%, abaixo dos 11,31% dos doze meses anteriores. Em fevereiro de 2015, o INPC foi 1,16%.
Alimentos
Os produtos alimentícios tiveram alta de 1,19% em fevereiro, enquanto em janeiro subiram 2,41%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,84% em fevereiro, abaixo da taxa de 1,11% de janeiro. O maior índice regional foi de Recife (1,61%), destacando-se a alta de 9,24 % nas tarifas dos ônibus urbanos. As menores taxas ficaram com Vitória (0,4%) e Campo Grande (0,44%), onde os preços dos alimentos subiram 0,44% em ambas as cidades, bem abaixo da média nacional (1,19%).
Para o INPC, o IBGE adota a mesma metodologia de cálculo do IPCA. A diferença entre os dois índices envolve os rendimentos das famílias, mas a abrangência é idêntica: as mesmas dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.