Com o intuito de diminuir a emissão de gás carbônico no meio ambiente, pecuaristas de Mato Grosso lançaram um projeto que vai recuperar as pastagens.
A expectativa é que em cinco anos, mais de 300 mil toneladas de gases de efeito estufa deixarão de ser despejadas na atmosfera.
Durante esse período, devem ser recuperados cerca de 22 mil hectares de pastagens. O projeto inclui 23 fazendas na região do Vale do Araguaia, no norte mato-grossense, e vai monitorar uma área de 70 mil hectares com 90 mil cabeças, segundo o Canal Rural.
O coordenador do projeto, José Carlos Pedreira, afirma que, quando a pecuária é intensificada – através de genética, nutrição, manejo e reforma do pasto e outros insumos –, aumenta-se a quantidade de carbono que a pastagem retém no solo. “Com isso, compensa-se o carbono que o gado está emitindo”.
De acordo com a Embrapa Meio Ambiente, cada hectare de pastagem intensificada pode sequestrar por ano até 12 toneladas de gases poluentes da atmosfera. E triplicar a quantidade de animais na área em curto espaço de tempo. “Ao contrário do que se diz a pecuária brasileira feita a pasto nos trópicos é positiva em termos de carbono, ou seja, ela sequestra mais do que emite”, afirma Pedreira.
O custo para recuperar uma área degradada varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil por hectare, dependendo do bioma, do grau de infestação de plantas daninhas e do estágio de degradação do solo. O engenheiro agrônomo Gilson Rosa explica que o primeiro passo da recuperação é realizar um levantamento sobre a produção de forrageiras e os tipos de planta daninha que aparecem na área. “A partir disso, você determina qual herbicida a ser utilizado e também o adubo”, diz.