Os estados do Centro-oeste têm 10 anos de prazo para pagar os empréstimos contraídos com a União. O acordo foi fechado com o governo federal a pedido dos governadores da Região Centro-Oeste e ainda vai ampliar de seis para dez anos o prazo de pagamento dos financiamentos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
A decisão foi anunciada na última quarta-feira (6), durante a Reunião do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco).
Durante a reunião, o conselho propôs que as verbas do fundo possam ser utilizadas no setor de saúde pelos Estados, o que era vetado até então.
Presidido pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, o conselho é responsável por políticas públicas que priorizem as iniciativas para a promoção da economia regional e aplicação de incentivos e benefícios fiscais e financeiros.
A ampliação do prazo pelo FCO rural vai facilitar a aquisição de maquinários e equipamentos para o setor pecuário e agroindustrial, além de contribuir para o desenvolvimento regional e geração de emprego e renda.
Limite menor para empréstimo
No encontro, também ficou determinado que a programação dos Fundos Regionais para 2016 incluirá assistência mínima global, com recursos do FDCO, a empreendimentos com investimentos totais projetados iguais ou superiores a R$ 20 milhões. Segundo o site da Sudeco, os projetos até agora eram para investimentos de R$ 30 milhões ou mais.
Segundo o ministro da Integração Nacional, essa é a oportunidade de ajustar as ações das políticas tanto do FCO como também as ações de aprimoramento das instituições bancárias para desburocratizar o acesso a recursos.
A quinta reunião do Condel contou com a participação do governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, e de representantes dos governos do Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso, além de instituições parceiras como o Banco do Brasil e outros ministérios.
Para o superintendente da Sudeco, Cleber Ávila, esse é um momento de retomada de diálogo com as unidades federativas do Centro-Oeste. "As propostas aqui aprovadas são fundamentais para a retomada do desenvolvimento econômico da nossa região. São decisões importantes que irão impactar diretamente na geração de emprego e renda, além de fazer o processo de acesso aos recursos do FCO e FDCO serem desburocratizados", ressalta.
Ávila ressaltou também que a Sudeco tem procurado não somente prospectar boas propostas para a região, mas também trazer projetos que possam ingressar outros recursos para o desenvolvimento do Centro-Oeste.
"No ano de 2014, nós aplicamos R$ 533 milhões e recebemos mais de R$ 1,3 bilhão. Já no ano de 2015, fizemos um trabalho mais estratégico com apoio dos Estados, onde R$ 1,3 bilhão foi aplicado e nós conseguimos alavancar cerca de R$ 9,5 bilhões. Isso quer dizer que estamos fazendo com que os recursos aplicados atraiam mais investimentos, além da nossa capacidade orçamentária", completou.