Embora a crise econômica também tenha afetado o sistema financeiro nacional com o fechamento de inúmeras agências bancárias, demissões e reestruturações nos bancos públicos e privados, o setor de cooperativa de crédito navega na contramão do mercado.
O MT Econômico destaca hoje o desempenho do Sicredi, que mesmo diante de um cenário adverso, tem conseguido obter números positivos em vários indicadores empresariais.
O Sicredi apresentou crescimento de 31% na região Centro Norte do país (MT, RO, PA, AC), alcançando o resultado líquido de R$ 403,4 milhões em 2017. Os ativos totais somaram R$ 8,84 bilhões, um aumento de 19,4% sobre o ano anterior e o patrimônio líquido atingiu R$ 2,15 bilhões. A carteira de crédito da cooperativa totalizou R$ 7,2 bilhões, resultado 24,3% maior que 2016.
Em 2018 a cooperativa quer manter o ritmo de crecimento abrindo novas agências e elevando o número de associados. Com isso deve aumentar a oferta de crédito e contratações de novos colaboradores.
Mas se o mercado passou por uma crise [e ainda está se recuperando] o que explica esse resultado tão positivo? O presidente do Sicredi Centro Norte, João Carlos Spenthof disse em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (16) em Cuiabá, que o conceito de cooperativismo tem crescido cada vez mais nas comunidades.
“Somos a 6° maior instituição financeira do país, atrás apenas dos grandes bancos públicos e privados, como Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Itaú e Santander. Nossas agências estão inseridas na comunidade e próximas à realidade socioeconômica de cada região, estando presente na vida dos associados e da população. Os resultados que geramos em uma região ficam ali mesmo, com a distribuição das sobras financeiras aos associados e investimentos em projetos locais. Somos uma instituição financeira comunitária, de fato” ressalta o presidente da Central Centro Norte, João Spenthof.
A atuação próxima à comunidade, com investimentos sociais e o sistema de divisão equitativa das sobras dos resultados, gera satisfação não apenas dos associados, mas também dos colaboradores. Pelo 7° ano consecutivo, o Sicredi ficou entre as 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, segundo o ranking da Você/SA e ocupou o 1° lugar na inédita categoria de Cooperativas de Crédito. Com relação à força de trabalho, somente na região Centro Norte foram contratados 597 colaboradores em 2017, totalizando 2.886 colaboradores nos 4 estados onde a Central atua, sendo que no Brasil a cooperativa possui atualmente 22,8 mil colaboradores.
Associados e colaboradores satisfeitos repercutem no trabalho final e também nos projetos sociais, como é o caso do Programa União Faz a Vida que já recebeu segundo o presidente do Sicredi Centro Norte, o montante de R$ 20 milhões de investimentos, alcançando 27 municípios em Mato Grosso e atendendo 67.253 crianças e adolescentes. Esse projeto que está inserido em diversas instituições de ensino do estado, conta com o engajamento de 4.082 professores e 237 escolas e tem melhorado a vida de muitas pessoas, como o MT Econômico já falou anteriormente na matéria sobre o Programa A União Faz a Vida.
E abrir uma conta no Sicredi é simples. Com apenas R$ 20 reais e os documentos requisitados, qualquer pessoa física, empresário ou produtor rural já pode se tornar um cliente associado. O sistema de divisão equitativo dos resultados garante que quanto mais movimentações e uso dos produtos financeiros da cooperativa, maior o retorno do associado na divisão das sobras, uma forma justa de compensar quem mais ajuda, mas também não deixando de contemplar os associados de menor porte, porém respeitando a lógica proporcional. Sendo assim, se a cooperativa cresce, todos de certa forma, também crescem.
“O ticket médio que cada associado investe na cooperativa depende muito, conforme explica a consultora de negócios pessoa física, Juliana Rodrigues. “Temos clientes que investem de R$ R$ 1.500 até mais de R$ 100.000 para iniciar como associado, porém não é exigido valor mínimo, nosso estatuto diz que a partir de R$ 20 já pode fazer parte da cooperativa” disse Juliana.
“Por estarmos mais próximos aos associados conseguimos dar orientações financeiras de investimentos e produtos que atendam a necessidade de cada um, que vão desde a poupança até os demais produtos financeiros, dependendo do perfil e ocasião”, disse Fábio Antunes, gerente de Ciclo de Crédito da cooperativa.
O MT Econômico lembra os leitores que qualquer produto financeiro pode ser um investimento, desde que seja tratado com estratégia e finalidade específica. Uma poupança pode ser interessante no curto prazo, devido à sua liquidez e poucas taxas. Este tipo de aplicação também pode ser bom no longo prazo, quando existe a disciplina e continuidade mensal de poupar, pois mais vale um dinheiro sendo guardado todo mês em uma instituição financeira do que sendo gasto em pizzarias, vestuários ou happy hours freqüentes.
Outra estratégia que pode ser utilizada para minimizar custos com financiamentos e alavancar a compra de um carro ou imóvel é o consórcio. Esse tipo de produto serve como um mecanismo de economia mensal freqüente. Após a contemplação da carta de crédito, o consórcio pode ajudar na aquisição do sonho desejado com a vantagem de possuir taxas bem menores do que o financiamento tradicional.
No entanto, o financiamento também pode ser um investimento apesar dos juros maiores. É só compararmos a finalidade. Se for utilizado para conquistar um trabalho na área comercial que dependa de um meio de locomoção e seja necessário adquirir o carro de forma imediata, pode ser considerado também um investimento. Neste caso, a própria remuneração obtida com o trabalho vai pagar o financiamento e ainda sobrar um bom lucro, analisando que caso a pessoa não tenha o carro não conseguiria aquele tipo de trabalho com probabilidade de ganhar mais do que onde está.
Na hora de investir ou escolher uma instituição para cuidar do seu dinheiro avalie as alternativas de mercado e a relação custo/benefício.
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