O MT Econômico traz para você uma pesquisa da Macroplan sobre os Desafios da Gestão Estadual (DGE) no Brasil.
O Mato Grosso ocupa a 11º posição entre os governos estaduais com o melhor desempenho em serviços prestados à população. O resultado foi divulgado na quarta edição do estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE) (www.desafiosdosestados.com.br) elaborado pela consultoria Macroplan, especializada em cenários futuros e gestão pública, e divulgado com o apoio do Movimento Brasil Competitivo (MBC). O estudo avalia as entregas feitas à população pelos governos estaduais e traz projeções para 2022, com base na trajetória dos estados na década anterior.
Para definir a situação dos estados, a Macroplan utiliza o Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), que abrange um conjunto de 32 indicadores de 10 áreas de resultados – educação, capital humano, saúde, segurança, infraestrutura, desenvolvimento econômico, juventude, desenvolvimento social, condições de vida e institucional. A escolha de indicadores finalísticos para compor o índice permite avaliar a entrega de resultados com maior impacto na qualidade de vida e na competividade do estado. O IDGE varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do estado.
Na pesquisa atual, o Mato Grosso exibe uma pontuação sintética do IDGE de 0,503, abaixo da média brasileira de 0,535. O posicionamento no ranking de cada área demonstra, igualmente, que há desafios estruturais que precisam ser superados no estado. O Mato Grosso experimentou, na década, um recuo na área de segurança e estagnação na posição da área de Infraestrutura. Mas também fez avanços expressivos, de 6 posições, nas categorias de Educação e Juventude e, de 8 posições, em Condições de Vida. Também no campo do Desenvolvimento Econômico alcançou melhorias evidentes. Foi o estado com maior crescimento em valor real do PIB, tendo alcançado a quarta posição no indicador. Também possui a quarta menor taxa de desemprego entre os vinte e sete estados brasileiros.
Desafios dos novos governos
Para a economista sênior da Macroplan Adriana Fontes, coordenadora técnica do estudo, “é preciso acelerar a velocidade dos avanços para que o Brasil reduza a distância em relação aos países desenvolvidos”, disse.
A nova safra de governadores terá que realizar mudanças radicais na forma de gerir os estados para evitar a estagnação e até o retrocesso nos campos econômico e social analisa o diretor da Macroplan, Gustavo Morelli, responsável pelo estudo DGE. Ele destaca que nos próximos quatro anos haverá uma escassez estrutural de recursos à disposição dos governos estaduais. “A maioria dos estados possui enormes passivos fiscais e financeiros e crescentes gastos com a previdência e com as folhas de pagamento. Os novos governadores terão, ainda, que lidar com uma população impaciente com a má qualidade, a lentidão e o elevado custo da entrega de serviços produzidos pelo Estado e pouco tolerante com os desvios éticos e a corrupção”, alerta.
Nesta nova edição, o estudo mapeou as principais iniciativas adotadas onde houve grandes avanços que podem servir de inspiração para outros estados. As práticas recorrentes são: elaboração de diagnóstico preciso do problema, territorialização das ações e foco em públicos prioritários; melhoria e compartilhamento de estatísticas; articulação com os municípios; integração das ações com demais áreas de governo; e a utilização de modelos de gestão e monitoramento com foco em resultados e uso intensivo de dados.
Para ver o estudo completo dos estados acesse o site www.desafiosdosestados.com.br