O Banco Central divulgou que as entidades econômicas reduziram bruscamente as projeções para o crescimento econômico de 2019. Entre quinta-feira (28) e sexta-feira passada (1º), as expectativas colhidas no boletim Focus desaceleraram: a alta de 2,46% esperada para a economia neste ano passou para 2,30%.
Foi a queda de previsão mais drástica para 2019 desde junho do ano passado. Até meados do ano passado, economistas esperavam expansão de 3% para este ano.
As revisões foram deflagradas pela decepção com os números do PIB (Produto Interno Bruto) de 2018, divulgados no dia 28 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No ano passado, a economia cresceu 1,1%, mesmo percentual registrado um ano antes. O desempenho confirmou a retomada econômica mais lenta da história.
No último trimestre do ano passado, a economia cresceu apenas 0,1% em relação ao trimestre anterior, deixando uma herança bastante fraca para este ano. Considerando o desempenho do último trimestre do ano passado, se o PIB não se mexesse neste ano, o crescimento seria de apenas 0,4%.
Esta é uma das razões para os economistas não se mostrarem muito otimistas mesmo com a trajetória da economia no ano que vem.
Segundo o boletim Focus, a alta esperada para o PIB de 2020 é de 2,70%. Até o dia 28, no entanto, as previsões eram de crescimento de 2,80%.
OCDE
Na avaliação de economistas, mesmo que a reforma da Previdência seja aprovada neste ano, é pouco provável que a economia brasileira encontre fôlego para deslanchar em 2019.
Passada a euforia com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), já há no mercado quem espere crescimento abaixo de 2%.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) reduziu as estimativas de crescimento para o Brasil em 0,2 ponto em 2019, a 1,9%, mantendo a projeção de expansão de 2,4% em 2020, conforme matéria publicada essa semana pelo MT Econômico.