De acordo com o balanço anual divulgado nesta terça-feira (2), em Cuiabá, o sistema de cooperativas Sicredi obteve aumento de 15% nos resultados do ano passado, passando de R$ 403 milhões em 2017 para R$ 463 milhões em 2018. Os dados são referentes aos estados de Mato Grosso, Rondônia, Pará e Acre, que integram a Central Sicredi Centro Norte.
O presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof, explica que o modelo de cooperativismo de crédito é aberto a todos e que o avanço faz parte da política do crescimento mútuo, voltado aos associados, pois os resultados são devolvidos proporcionalmente às suas movimentações.
“O nosso objetivo não é a busca incessante pelo lucro, mas também pelo desenvolvimento das comunidades onde atuamos e dos nossos associados. O propósito do Sicredi é diferente do sistema financeiro tradicional”, comenta Spenthof à reportagem do MT Econômico.
Outro indicador que registrou aumento foi o do crédito rural. Segundo o balanço, essa modalidade evoluiu 28,5%, passando de R$ 4,2 bilhões para R$ 5,4 bilhões entre os anos de 2017 e 2018. Neste segmento, as operações com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) atingiram R$ 645 milhões, frente aos R$ 501 milhões do ano retrasado, um crescimento de 28,7%.
Para o diretor executivo da Central Sicredi Centro Norte, Seneri Paludo, a principal avaliação que ele tem como base é o índice de satisfação.
“Na minha sala tenho 3 indicadores principais na parede: o índice de satisfação do associado, o indicador de felicidade interna do colaborador e por último vejo a eficiência operacional”, ressalta à reportagem.
Com patrimônio líquido de R$ 2,5 bilhões no ano passado, o Sicredi abrange 140 municípios nos 4 estados da região Centro Norte, sendo que em 33 deles é a única instituição financeira presente, fazendo ainda o papel de inclusão financeira.
“No Distrito da Guia, por exemplo, o Sicredi é a única instituição financeira, muitos desses moradores teriam que viajar para realizar suas transações, e o Sicredi também tem esse papel de inclusão financeira e responsabilidade social”, afirma o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi Centro Norte, Ezio Filho de Almeida.
Com tarifas menores que o mercado, em média 30% para pessoa física e 20% para pessoa jurídica, os associados ainda contam com a distribuição dos resultados da cooperativa.
O cooperativismo de crédito vem demonstrando através de números positivos ser uma boa alternativa aos associados, que tem além de uma conta corrente, contam com inúmeras soluções financeiras, a exemplo, de concessão de crédito, depósitos na poupança, consórcio, previdência, seguros, entre outros.