A partir da próxima segunda-feira (6) os juros do cheque especial terão um teto de cobrança, conforme decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), tomada no fim de novembro do ano passado.
A média cobrada pelos bancos é de 12% ao mês e com o novo teto, os juros serão reduzidos para um valor máximo de 8% ao mês. Lembrando que o efeito de juros compostos elevava o patamar dos 12% ao ano cobrados anteriormente para cerca de 300% ao ano.
A intenção do Banco Central (BC) é tornar a cobrança menos agressiva, especialmente para a camada mais pobre da sociedade.
Embora a medida seja positiva, o consultor de planejamento e educador financeiro do MT Econômico, Alessandro Torres recomenda que o cidadão evite ao máximo utilizar o cheque especial, pois é uma modalidade de crédito muito cara. Mesmo que o teto seja de 8% ao mês, o acumulado de juros ao ano chega a média de 150%. Isso significa que uma dívida de cheque especial de R$ 5 mil pode ser tornar R$ 12,5 mil em apenas um ano, caso não seja paga, segundo cálculo do MT Econômico.
"Caso exista um endividamento, devido a uma circunstância de vida, é melhor ir ao banco e obter um crédito pessoal com taxas mais moderadas, que giram em torno de 3 a 4% ao mês, do que ficar refém de uma taxa de 8% ao mês do cheque especial", alerta Alessandro Torres, que também é membro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).