A falta de oferta de produtos da construção civil é um dos motivos que tem causado aumento de preços no mercado interno, segundo pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Como consequência, pode haver demissões no setor e elevação de custo em obras privadas e públicas, prejudicando não apenas os empresários mas também, o poder público e os consumidores.
Outro fator que pode ocorrer é a prorrogação de lançamentos imobiliários e encarecimento dos imóveis no mercado. Os empreendimentos populares também podem ter elevação de preço, afetando a camada social menos favorecida.
A pandemia do coronavírus é um dos fatores que causou desequilíbrio nas indústrias e fornecimento de materiais, prejudicando o abastecimento e pressionando os preços. Por outro lado, diversos fabricantes tem se aproveitado da situação e aumentado o custo dos insumos na tentativa de recomporem perdas.
Pesquisa
A CBIC fez um levantamento de informações onde foi detectado aumento em praticamente todos os insumos de obras. Segundo apurado pelo MT Econômico, veja abaixo o elevação média registrada:
Areia: até 10%
Brita: até 10%
Bloco de concreto: até 10%
Material beluminoso: até 10%
Tintas de misturas: até 10%
Cimento: acima 10%
Tubos e conexões de PVC: acima 10%
Bloco cerâmico: acima 10%
Cabos elétricos: acima 10%
Esquadrias: acima 10%
Louças sanitárias: acima 10%
Revestimento cerâmico: acima 10%
Maiores aumentos
Segundo a CBIC, entre os maiores aumentos desproporcionais em alguns fabricantes estão: cabos elétricos (+90%), aço (+60%), tubos e conexões (+60%), cimento (+40%) e revestimento cerâmico (+30%).
O Índice Nacional de Custos da Construção – Materiais e Equipamentos, calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, apresentou um aumento de 4,02% no período dos 12 meses encerrados em maio deste ano. Já no período de apenas três meses, entre junho e agosto, a alta registrada no indicador foi de 3,80%.
A CBIC realizou cruzamento de informações de fornecedores e compilou numa pesquisa e protocolou essa semana junto ao governo federal o questionamento. O protocolo foi realizado na Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia. Veja aqui o documento oficial protocolado e abaixo (botão vermelho) a pesquisa.
Clique no botão vermelho abaixo e baixe o material para ver mais detalhes.