As traveltechs ganharam mais espaço na pandemia e seguem em tendência de crescimento. O setor de turismo foi um dos mais afetados com a crise do comércio, lockdowns e retração do consumo. Inúmeros hotéis, agências de viagens e demais empresas da área reduziram suas atividades desde o ano passado. O MT Econômico traz para os leitores hoje, um pouco mais sobre esse assunto.
As traveltechs, que são negócios e startups de “tecnologias de viagem”, atuam com foco em desenvolver novos produtos, serviços e modelos de negócios para empresas que se ligam de alguma forma à área de viagens. Tanto o nome, quanto o funcionamento, podem ser comparados a outras categorias de empresas já famosas, como fintechs do mercado financeiro e proptechs do mercado imobiliário, por exemplo.
As traveltechs ganharam tanta notoriedade durante a pandemia porque, além de atuarem no setor mais afetado, oferecem serviços adaptados exatamente às novas tendências de consumo que se estabeleceram em meio à quarentena, como a disponibilização de um maior leque de opções para os compradores, presença online, acesso às informações mais rapidamente e atendimento ao cliente eficiente.
Mas como essas empresas – muitas vezes, microempresas – oferecem tudo isso? Elas podem atuar de duas formas diferentes: independente e tendo contato direto com os clientes finais, ou firmando parceria com empresas tradicionais.
Como as traveltechs atuam sozinhas?
As traveltechs independentes são as mais conhecidas pelo público final, já que a intenção mais comum desse modelo é atender diretamente o consumidor, através da digitalização da experiência de compra de viagens, podendo oferecer estadia, atividades e transporte. Exemplos conhecidos de negócios deste ramo são as plataformas Hurb, Decolar.com e MaxMilhas.
Parceria com empresas já existentes
Já no modelo de parcerias com outras empresas, a forma de trabalho pode ser ainda mais diversificada: a startup contratada assume algumas funções que a empresa contratante já estabelecida no mercado pode não estar conseguindo desenvolver com êxito, seja por falta de pessoal, experiência ou tecnologia.
Alguns dos trabalhos comumente feitos por traveltechs para hotéis e pousadas são ações de marketing e publicidade, criação ou otimização de websites e levantamento de dados, que podem interferir positivamente no número de vendas. Dentre as referências desse mercado de prestação de serviço, está a Omnibees, por exemplo.
Há casos ainda em que a traveltech é contratada por empresas que não estão no ramo de turismo e hospitalidade, mas que precisam gerir as viagens a trabalho de seus funcionários com maior eficiência, então a empresa parceira assume a responsabilidade de oferecer formas de gerenciar e analisar os gastos com as viagens, além de poder informar sobre melhores oportunidades de transporte e hospedagem para trabalhadores.
Um outro caso de colaboração é o projeto defendido pela Lufthansa Hub, que visa a junção entre companhias de transporte e mobilidade para oferecer um serviço completo ao viajante, dando a possibilidade de o usuário sair do avião e já entrar em um carro de aplicativo sem preocupações, já que ambos os transportes e as hospedagens poderiam ser disponibilizados pelo mesmo aplicativo ou plataforma online e estar todos conectados.
Outras parcerias que podem ajudar o setor hoteleiro
Há ainda outras formas de parcerias que não são necessariamente com traveltechs, mas que são comumente utilizadas por grandes hotéis, que precisam atender um volumoso público com qualidade.
Um setor que geralmente precisa de aprimoramento é o de logística, que pode ser administrado ou aprimorado com a parceria comercial com outras empresas e a partir de programas que organizam a entrada e saída de pessoas, assim como limpeza de quartos e alimentação dos hóspedes.
Além disso, o atendimento ao cliente – em especial, o atendimento online –, que está em crescimento e constante evolução, também está sendo alvo das parcerias, Nesse caso, é possível contratar os serviços de empresas especializadas que fornecem sistemas de chatbots para atender e tirar dúvidas de quem visita o site institucional automaticamente, além de SMS de divulgações e informações para grandes públicos, por exemplo.