A produção industrial de Mato Grosso está entre oito dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), na passagem de junho para julho, que registrou alta no período. Na análise mensal, houve crescimento de 1,1%, mas insuficiente para reverter o saldo acumulado do ano, negativo em 5%.
Ao longo de 2021, a produção industrial do Estado vem registrando oscilações, com meses de reação e outros de recuo. O resultado de julho desse ano, por exemplo, é negativo em 3,1% quando comparado ao igual mês do ano passado, pico da pandemia do novo coronavírus.
Em agosto, os empresários da indústria de Mato Grosso têm mostrado certo otimismo com o cenário, conforme noticiado pelo Mato Grosso Econômico neste link.
Os principais setores da indústria estadual, como alimentos e bebidas, seguem com desempenho aquém do registrado no ano passado. Como revela a pesquisa do IBGE, a retração na produção de alimentos acumula -1,71% de janeiro a julho, quando comparada ao mesmo momento do ano passado. Na fabricação de bebidas, é de -0,84%, setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, também frearam a produção, -2,91. Ao longo dos últimos 12 meses, a produção industrial de Mato Grosso contabiliza retração de 6,9%.
Conforme a PIM, o principal recuo mensal foi no Amazonas: -14,4%. A retração em São Paulo (-2,9%) foi a segunda maior, mas a primeira em influência no resultado, por conta do peso da indústria paulista na produção nacional.
Com o resultado de julho, três locais estão acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, com destaque para Minas Gerais (11,8% acima), que desde julho do ano passado é o único local que se mantém. Santa Catarina (3,4%) e Paraná (0,4%), que entrou na lista com o resultado de julho, são os outros dois locais.
Para Bernardo Almeida, analista da pesquisa, o mês de julho demonstra, em primeiro plano, o retrato da indústria regional que já era visto antes da pandemia. “Com o avanço da vacinação e uma maior circulação de pessoas, a indústria começa a mostrar sua realidade pré-pandemia, mas com condições que se acentuaram, como o desemprego e a inflação”, afirma. Citando os últimos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Bernardo Almeida acrescenta que “o resultado da indústria regional reflete o momento econômico demonstrado pelas demais pesquisas do IBGE”.
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