O volume de vendas do comércio varejista, em Mato Grosso, atingiu crescimento de 14,9% em julho na comparação com igual momento do ano passado. A taxa registrada pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, divulgada essa semana, é a quarta maior do País e segunda melhor do Centro-Oeste no período.
No País, a expansão foi de 5,7%, enquanto a de Mato Grosso não apenas superou o percentual, como se impôs quase três vezes mais. A maior taxa regional foi a de Mato Grosso do Sul, com 18%.
Ainda conforme o IBGE, o crescimento do comércio varejista estadual é observado na análise mensal. Na passagem de junho para julho houve avanço de 5,6%, mais uma vez acima da média nacional, de 1,2% no mesmo período de comparação.
No acumulado dos sete primeiros meses, Mato Grosso aponta crescimento de 1,2% sobre o mesmo intervalo de 2020.
Mesmo superando a média do País, o IBGE chama à atenção para o resultado de junho, do Brasil, pois é a quarta taxa positiva consecutiva. Com isso, o patamar do setor atingiu recorde na série histórica iniciada no ano 2000. No ano, o varejo acumula crescimento de 6,6% e nos últimos doze meses, cresceu 5,9%.
Além da retomada na confiança empresarial, os consumidores estão indo mais às compras após um período de mais cautela. A inadimplência foi reduzida em Mato Grosso no mês de agosto, conforme noticiado pelo Mato Grosso Econômico. O anseio pelo consumo dá fôlego aos comerciantes, pois reaquece o crédito e as vendas no mercado.
“Apesar do avanço, o movimento do comércio é muito heterogêneo. Algumas atividades ainda não conseguiram recuperar as perdas na pandemia, como é o caso de equipamentos e material para escritório, que ainda está 26,7% abaixo do patamar pré-pandemia, ou combustíveis e lubrificantes, que está 23,5% abaixo”, analisa o gerente da PMC, Cristiano Santos.
PELO BRASIL – Na comparação com junho, o comércio varejista teve variações positivas em 19 das 27 unidades da federação em julho, com destaque para os estados de Rondônia (17,5%), Santa Catarina (12,5%) e Paraná (11,1%). No campo negativo, as maiores quedas ficaram com os estados de Minas Gerais (-2,1%), Rio Grande do Norte (-1,5%) e Amazonas (-1,5%).
Já no comércio varejista ampliado, a variação positiva em julho foi seguida por 15 unidades da federação, sendo as principais Santa Catarina (6,7%), Paraná (6,2%) e Mato Grosso do Sul (5,3%). Entre as quedas, pressionando negativamente, destacam-se Maranhão (-2,6%), Rio Grande do Norte (-2,2%) e Sergipe (-2,2%).