A cotonicultura de Mato Grosso – a maior do País – deverá recuperar espaço na próxima safra, a 2021/22, ao contabilizar mais de um milhão de hectares cultivados.
O sentimento mais otimista do produtor foi captado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e traduzido em números, na primeira estimativa de safra do novo ciclo realizada pelo Órgão. A projeção é que sejam semeados 1,09 milhão de hectares no Estado, avanço de 13,32% em relação à safra 2020/21. A safra 2020/21, por exemplo, teve a menor superfície plantada dos últimos dois anos, pouco mais de 960 mil hectares.
Se a expectativa se confirmar, espera-se que 151,44 mil hectares sejam destinados ao cultivo da primeira safra e 938,72 mil hectares para a segunda safra.
“Esse cenário otimista para o mercado da fibra está atrelado ao preço futuro da pluma, que neste ano tem atingido níveis recordes, bem como à demanda aquecida pela fibra {devido à retomada da economia global}. Além disso, com a semeadura da soja ocorrendo de forma adiantada em relação à safra passada até o momento, o produtor do Estado está otimista quanto à janela de cultivo do algodão”, explicam os analistas do Imea.
Em relação à produtividade, a estimativa foi projetada em 288,04 arrobas por hectare, indicando uma alta inicial de 3,22% em relação aos rendimentos da safra 2020/21, que até o momento foi a menor dos últimos quatro anos. “Neste primeiro momento, as projeções ficam limitadas, visto que alguns pontos que podem impactar no decorrer da safra ainda estão em aberto como: janela ideal de plantio, condições climáticas e ocorrência de pragas e doenças”, pontua o Imea.
Diante disso, a produção da safra 2021/22 ficou prevista em 4,71 milhões de toneladas de algodão em caroço e 1,93 milhão de toneladas de pluma de algodão.