O passaporte da vacinação pode prejudicar o comércio local, segundo Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá (ACC). A entidade se posicionou contra a criação do chamado ‘passaporte da vacina’, que pode ser instituído na Capital, caso o Projeto de Lei 016/2021 seja aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores.
De acordo com o projeto de lei, de autoria da vereadora Edna Sampaio (PT), o passaporte prevê a obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais exigirem dos clientes a comprovação da vacina contra a Covid-19 para frequentar estabelecimentos e eventos públicos, com lotação superior a 200 pessoas.
Contrária a essa medida, que mais uma vez penaliza os empresários, a entidade centenária encaminhou um ofício endereçado ao presidente da Câmara Municipal, Juca do Guaraná Filho e demais vereadores, a fim de coibir a medida que obriga os empreendedores a exigirem a apresentação de comprovante de vacinação.
“Os setores citados no projeto de lei foram os mais afetados desde o início da pandemia e nesse momento estão tentando retornar às atividades, uma vez que os empreendimentos tiveram inúmeras paralisações, redução de horário de funcionamento. Alguns, inclusive, fecharam as portas definitivamente”, justifica o presidente da Associação Comercial de Cuiabá, Jonas Alves.
Ele cita também o desemprego e a inadimplência, outros problemas enfrentados pelo setor durante o período da pandemia. No documento enviado à Câmara, a entidade indaga ainda sobre a responsabilidade em fiscalizar o ambiente, que deve ser do poder público, e não recair mais uma vez ao empresário.
A entidade lembra que nos 109 anos de existência sempre trabalhou para atender aos interesses empresariais, representando-os, prestando serviços de qualidade e contribuindo para o desenvolvimento social e econômico da Capital.
“Estamos abertos sempre como parceiros nas ações que possam viabilizar a disseminação, não onerosa, das medidas necessárias para divulgação e propagação de conhecimento e conscientização da população sobre a importância da imunização”, reforça Jonas.
Por fim, a ACC interpela pela reprovação do projeto de lei, mas se porventura aprovado, que a responsabilização recaia para quem de fato tem o poder e o dever de fiscalizar e, sobretudo, que haja tratativas mais adequadas à capacidade do empresário perante à obrigatoriedade de vacinação.
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