Motoristas de Cuiabá e Várzea Grande foram surpreendidos com mais um aumento no combustível ontem, quinta-feira (28) na hora de abastecer. Novo movimento de alta, sobre o etanol hidratado e a gasolina, alinhou os valores de bomba em R$ 5,177 e R$ 6,677, respectivamente. Somente nesta semana as duas matrizes sofreram majorações. No caso da gasolina a variação foi mais severa, de quase R$ 0,50, passando de R$ 6,199 para atuais R$ 6,677 .
Mais do que preços alinhados, a alta faz com que definitivamente o biocombustível perca sua vantagem econômica frente à gasolina. O valor de bomba do etanol representa quase 78% do que é cobrado pelo litro da gasolina, ultrapassando o teto de 70%, que é uma referência para indicar a competitividade do combustível, cujo poder de ‘queima’ é maior, rendendo menos por quilômetro rodado. O Mato Grosso Econômico publicou recentemente qual combustível compensa mais abastecer. Veja mais aqui
Outubro nem finalizou ainda e vai sendo marcado como período de mais altas sobre os combustíveis e por romper, novamente este ano, o teto de preços recordes aos três combustíveis mais consumidos em Mato Grosso: etanol hidratado, gasolina comum e óleo diesel.
O servidor público, Paulo Moraes, encheu o tanque do carro e de cara contabilizou alta de R$ 35 entre a ´tanqueada’ de sexta-feira passada e a de hoje. “Meu carro são 60 litros. Na sexta completei o tanque e paguei R$ 275,40, com o litro a R$ 4,599. Agora, a R$ 5,179, desembolsei R$ 310,00. Parece que estamos revivendo os anos 80, mas na parte ruim, da hiper inflação, quando os preços aumentavam diariamente”.
No último dia 26 passou a vigorar o segundo reajuste do mês para gasolina autorizado pela Petrobras. Naquela data também passou a valor um novo reajuste ao diesel. Nas refinarias o litro da gasolina vendido pela empresa às distribuidoras passou de R$ 2,98 para R$ 3,19, o que representa um aumento de R$ 0,21 ou de cerca de 7%. Já o litro do diesel passou a ser vendido por R$ 3,34, nas refinarias da Petrobras, o que representa um aumento de cerca de 9% sobre o preço médio atual, de R$ 3,06. Até então, a expectativa era de que, na prática, as novas altas encarecessem em R$ 0,15 o litro da gasolina ao consumidor final e no caso do diesel, cerca de R$ 0,24 a mais ao consumidor.
Mesmo sem correção anunciada, o etanol sofreu com a variação dos derivados de petróleo e desde o final de semana passada até a última quarta-feira, teve o valor de bomba aumentado de R$ 4,699 para R$ 4,899. Já na quinta-feira foi a R$ 5,179/5,199.
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