O governador Mauro Mendes apresentou, ontem (2), os avanços do governo de Mato Grosso em relação à preservação ambiental e às estratégias para neutralizar a emissão de carbono no Estado até 2035. O plano de ação local antecipa a neutralização em 15 anos, quando comparada à meta global.
A apresentação ocorreu no painel “Cooperação Coordenada para Produção Sustentável e Conservação Florestal em Mato Grosso”, como parte da programação da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26), em Glasglow, na Escócia.
“Iniciamos hoje a participação do Estado de Mato Grosso aqui na COP-26. Tivemos uma conferência com a participação das entidades do terceiro setor, do governo do Reino Unido, da Noruega, Holanda, e outras instituições que participaram de forma online”, relatou.
Mauro Mendes detalhou que o Estado, em parceria com a iniciativa privada e todo o setor produtivo, no âmbito da Estratégia PCI (Produzir, Conservar, Incluir), tem obtido resultados expressivos não só com a execução de uma produção sustentável, mas com a redução do desmatamento ilegal (20%) e dos incêndios florestais (54%).
O fato de Mato Grosso possuir 62% do território preservado e ainda assim ser o maior produtor de alimentos do Brasil, e um dos maiores do mundo, foi citado pelo governador como uma prova inequívoca de que é possível produzir em larga escala com respeito ao meio ambiente.
Leia também: Programa Soja Baixo Carbono irá valorizar produção com tecnologias sustentáveis
Também foi apresentado por Mauro Mendes o programa Carbono Neutro MT, que tem como meta neutralizar a emissão de carbono das atividades econômicas de Mato Grosso até 2035, 15 anos antes da meta global.
O programa é alicerçado em 12 pilares, já postos em prática: a manutenção do ativo florestal do estado, manejo florestal sustentável, regularização fundiária, melhorias na gestão de áreas protegidas, reflorestamentos comerciais, restauração de florestas, redução do risco de incêndios, manejo sustentável para a produção agropecuária, proteção de vegetação secundária em áreas de desmatamento legal, recuperação de pastagens, integração lavoura-pecuária-floresta, e produção e consumo de biocombustíveis.
“Mostramos a nossa política ambiental e a nossa estratégia para zerar a emissão de carbono da nossa economia até 2035, e queremos com isso valorizar a nossa produção. Nossa produção de algodão, de milho, de carne, e assim trazer mais recursos para continuar investindo na preservação ambiental, na agricultura familiar e nos nossos povos indígenas. Tudo isso precisa ser conhecido e reconhecido, para que esses serviços ambientais possam ser, em algum momento, remunerados a todos nós mato-grossenses”, finalizou.