Mato Grosso deverá colher, na safra 2021/22, cerca de 37,41 milhões de toneladas de soja. Se o volume apontado pela nova projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) se confirmar, será a maior oferta da história estadual. Mato Grosso é o maior produtor nacional do grão.
As projeções vão ganhando apontamentos mais fundamentados na medida em que o plantio da nova safra avança e vai se confirmando dentro de um período propício ao desenvolvimento das lavouras. Na virada do mês, conforme o Imea, 83,15% das áreas de soja já estavam semeadas.
A perspectiva da área da safra 2021/22 de soja, em Mato Grosso, se manteve inalterada dentro da nova atualização do Imea – a sétima dessa temporada -, segue prevista em 10,84 milhões de hectares, isto é, aumento de 3,59% em relação ao observado na safra 2020/21.
Na produtividade, a estimativa também se mantém em 57,52 sacas por hectares (sc/ha), a projeção se baseia nos bons volumes de chuvas que já se concretizaram até o momento, e, considerando as previsões otimistas para os meses de novembro, dezembro e janeiro no Estado. “A perspectiva do Instituto é de que os rendimentos possam ser favorecidos nesta temporada. No entanto, é importante pontuar que, as previsões de chuvas acima da média dos últimos cinco anos para o início de 2022, levantam um ponto de atenção com relação à umidade no momento da colheita. Além disso, mesmo com os problemas em relação à logística mundial – escassez de containers e elevação do frete marítimo – bem como as restrições nas exportações dos principais players ofertantes, os levantamentos do Imea apontam que mais de 95% das compras dos fertilizantes já tenham sido entregues nas propriedades mato-grossenses, sendo assim, a oferta está garantida para a safra 2021/22”, explicam os analistas do Imea.
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PELO PAÍS – A área a ser cultivada com soja na safra 2021/22 do Brasil estava 52% semeada até quinta-feira (28), contra 38% uma semana antes e 42% no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Consultoria AgRural. Pela terceira semana consecutiva, o plantio ocupa o posto de segundo mais acelerado da história, atrás apenas da safra 2018/19.
“O bom ritmo dos trabalhos deve-se às chuvas mais abundantes e regulares registradas em outubro, num cenário bem mais tranquilo que o observado um ano atrás. Em algumas áreas, especialmente no Paraná, até choveu em excesso, o que pode levar ao replantio de algumas lavouras isoladas, mas nada que comprometa, por ora, o bom andamento da safra”, apontam os analistas da consultoria.
Com a semeadura da soja na reta final, Mato Grosso já garantiu uma boa janela para o plantio da segunda safra de milho nos dois primeiros meses de 2022, que será prejudicado somente se chover demais no período a ponto de atrasar a colheita da oleaginosa. As primeiras áreas plantadas com soja no Estado, aliás, já devem começar a ser colhidas na semana do Natal, reforçando a expectativa de abastecimento normal em janeiro.