Mato Grosso registrou, no terceiro trimestre desse ano, a segunda menor taxa de desocupação do País, ao passar de 9%, no segundo trimestre de 2021, para 6,6%. Além de ter dado início à trajetória de queda – observada durante todo este ano – o indicador atual é o menor desde o quarto trimestre de 2019, trazendo o nível de desocupação do Estado para níveis pré-pandemia.
A menor taxa no período foi observada em Santa Catarina, 5,3%.
Os dados fazem parte da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada ontem pelo IBGE. Em nível nacional a taxa de desocupação no segundo trimestre era de 14,2% apresentando neste terceiro trimestre 12,6% de desocupados.
Segundo a pesquisa, no terceiro trimestre de 2020, a taxa mato-grossense havia sido de 10,2% uma variação de -3,7%. O número de ocupados em Mato Grosso está estimado em 1.687 mil pessoas, aumentou em 88 mil pessoas, (5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior). Entretanto, em relação ao trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa.
O contingente de pessoas desocupadas em Mato Grosso foi de 120 mil, com variação de -61 mil pessoas, (-33,6% em relação ao mesmo período do ano anterior). Também, houve queda em relação ao trimestre anterior, menos 44 mil pessoas, ou seja, uma variação de -26,7%.
A pesquisa também apontou que o número de pessoas de 14 anos ou mais que trabalham por conta própria, em Mato Grosso, recuou de 438 mil, no terceiro trimestre de 2020, para 420 mil no trimestre de 2021, na comparação anual, uma variação de -4,2%. Frente ao trimestre anterior houve uma variação de -9,9%, uma redução de 46 mil pessoas que trabalhavam por conta própria.
Leia também: Comércio e Serviços criaram mais de 57% dos empregos formais de MT
ATIVIDADES – Por grupamento de atividades, o setor de Agricultura registrou aumento de 6 mil em número de trabalhadores: de 242 mil no segundo trimestre de 2021 para 249 mil no período de julho a setembro do corrente ano. Além da Agricultura, Mato Grosso também registrou aumento de 25 mil pessoas ocupadas no Trabalho Doméstico, com 97 mil pessoas no segundo trimestre de 2021 e, 122 mil pessoas no terceiro trimestre, uma variação de 26,7%. Os estudos apontam ainda que em 2020 92 mil pessoas estavam ocupadas no Trabalho Doméstico, de julho a setembro, enquanto que em 2021 eram 122 mil pessoas, uma variação de 32,9%.
O total de desocupados ou subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (as pessoas com jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar mais horas e que estariam disponíveis) ou na força de trabalho potencial teve redução de 28,8% entre terceiro trimestre de 2020 e o terceiro trimestre de 2021: recuou de 247 mil para 176 mil pessoas.
O total de desalentados – as pessoas que desistiram de procurar trabalho no período pesquisado, por acharem que não encontrariam – foi estimado em 23 mil de julho a setembro de 2021, variação de -37,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi de 36 mil. No segundo trimestre de 2021, no entanto, o número foi de 23 mil pessoas desalentadas.
A PNAD Contínua estimou em R$ 2.419 o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos no Estado no terceiro trimestre de 2021. No trimestre anterior, era de R$ 2.484 e, no terceiro trimestre de 2020, era de R$ 2.723. Essas variações, no entanto, não são estatisticamente significativas.