A recente alta da inflação impacta a alimentação e o consumo diário para 64% da população da região Centro-Oeste neste final de 2021. Os dados são da mais recente pesquisa Radar Febraban sobre a economia e o consumo, que entrevistou três mil pessoas em âmbito nacional.
Abastecer o tanque também está pesando no bolso. A segunda maior preocupação da população do Centro-Oeste sobre a inflação neste final do ano é a alta do preço dos combustíveis (53%). Somente em Mato Grosso, o litro da gasolina aumentou cerca de 42% em relação ao ano passado. No etanol a variação é ainda mais significativa, mais de 50% de majoração.
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O levantamento foi realizado no período de 19 a 27 de novembro e divulgado essa semana. Indagados sobre o que fariam com eventuais sobras do orçamento, os entrevistados responderam que preferem investir em imóveis (26%), reformar a casa (20%) ou aplicar em outros investimentos (20%).
“A pesquisa mostra que a inflação volta a ter um peso relevante na opinião pública, à medida que afeta diretamente na compra e na qualidade de vida da população. Por outro lado, sugere também que o desejo dos consumidores é por investimentos considerados conservadores”, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), responsável pela pesquisa.