A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), em Cuiabá, do mês de março, atingiu 73,9 pontos, contabilizando a terceira alta consecutiva da pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio no Estado (IPF/MT). O índice do primeiro trimestre do ano acumula alta de 1,2% e já tem o melhor resultado nos últimos 13 meses.
Para o diretor de Pesquisas do IPF/MT, Maurício Munhoz, a pontuação atual é considerada satisfatória, mesmo com a inflação em alta no país e no mundo, por conta da pandemia de Covid-19 e da guerra no Leste europeu. “Há algum tempo que já temos presenciado o encarecimento de diversos produtos consumidos pela população, mesmo assim, apesar do ritmo mais lento, os cuiabanos continuam apresentando resultados positivos para a expectativa de consumo, o que acaba elevando também o ânimo dos comerciantes na Capital”, afirmou.
A pesquisa revela que o índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação em termos do emprego, renda e capacidade de consumo das famílias em Cuiabá.
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No entanto, o que chama a atenção é que o resultado está 2,3% acima do verificado em março do ano anterior, quando atingia 72,2 pontos. Segundo Maurício Munhoz, esta melhora da Capital destoa do restante do país, “pela força do agronegócio, que acaba por alavancar outros setores da economia e contribui para deixar o mercado mais otimista”.
Entre os subíndices avaliados em Cuiabá, apenas o indicador da Perspectiva Profissional apresentou resultado negativo na variação mensal, com queda de 2,2% e atingindo 89,4 pontos. Entretanto, o nível de Consumo Atual teve o melhor resultado com 2% e chegando a 52,7 pontos.
O presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, também comentou a boa expectativa no mercado local e estadual. “O componente que acompanha o Consumo Atual apresentou crescimento de 2% e a Renda Atual teve um crescimento de 1,3%, o que reflete uma expectativa positiva para o mercado, deixando o comerciante mais confiante e propenso para novos investimentos nas empresas”.
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