O preço de cesta básica, em Cuiabá, apontou média de R$ 661,34 em março, alta de 1,23% frente a fevereiro, conforme levantamento mensal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Com esse valor, o preço do conjunto dos alimentos básicos na Capital despencou de uma posição entre a 6ª e 7ª mais cara do Brasil, para ser a 12ª.
Mesmo que o ritmo inflacionário pareça ser menor, na comparação com março do ano passado, por exemplo, há alta de 11,27%, impulsionado pelo tomate e pela batata. Conforme série histórica do Imea, no mesmo momento do ano passado os alimentos apontavam média de R$ 594,80.
Ainda em relação ao ranking nacional elaborado mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – o Imea segue a mesma metodologia – a cesta cuiabana se tornou ainda a mais barata do Centro-Oeste, em março. Os alimentos mais caros estão nas seguintes capitais: São Paulo (R$ 761,19), Rio de Janeiro (R$ 750,71), Florianópolis (R$ 745,47), Porto Alegre (R$ 734,28), Campo Grande (R$ 715,81), Vitória (R$ 704,93), Brasília (R$ 704,65), Curitiba (R$ 701,59), Belo Horizonte (R$ 669,47), Goiânia (R$ 663,48) e Fortaleza (R$ 635,02).
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Considerando o salário mínimo, atualmente em R$ 1.212,00, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador cuiabano precisou comprometer quase 59% da remuneração para adquirir os produtos de uma cesta básica, suficiente para alimentar um adulto durante um mês.
Desde janeiro de 2016, o Diesse suspendeu a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos na capital mato-grossense, avaliação mensal que vem sendo realizada pelo Imea, que adota a mesma metodologia do Departamento e por isso é possível inserir Cuiabá no contexto nacional. No entanto, o Imea alterou a forma de divulgação dos preços da cesta básica e por isso não é possível saber quais dos 13 alimentos que compõe o conjunto básico que contribuíram para o avanço anual do preço.
PELO DIEESE – Em março, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em todas as capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (7,65%), em Curitiba (7,46%), São Paulo (6,36%) e Campo Grande (5,51%). A menor variação foi registrada em Salvador (1,46%).
São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 761,19) em março, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 750,71), por Florianópolis (R$ 745,47) e Porto Alegre (R$ 734,28). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 524,99), Salvador (R$ 560,39) e Recife (R$ 561,57).
FECOMÉRCIO/MT – Na semana passada, o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio em Mato Grosso (IPF/MT), apresentou cálculos da cesta básica na capital mato-grossense. Pela entidade o conjunto de alimentos foi cotado, na média, a R$ 740,29, mas já apontando preços da primeira semana de abril. O aumento no comparativo com a última semana de março foi de 2,51%, quando custava R$ 722,13.
De acordo com o IPF/MT, o aumento foi puxado, principalmente, pela variação da batata e do tomate, que subiram 30,51% e 9,24%, respectivamente, em relação à última semana de março. Os valores obtidos pelo IPF são referentes à quantidade de uma compra mensal para uma família de três a quatro pessoas.