A loteadora Urba chegou recentemente em Cuiabá e estuda expandir projetos por outras cidades de Mato Grosso. A empresa faz parte do grupo MRV e está lançando o empreendimento Recanto do Moinho, um projeto de lotes para que as pessoas possam construir suas moradias de forma personalizada.
O MT Econômico recebeu em seu estúdio Gustavo Paixão, diretor comercial e de marketing da Urba. Veja abaixo a entrevista completa.
Gustavo atua desde 2007 no segmento imobiliário, em prospecção de terrenos, crédito imobiliário e setor de clientes. Tem uma ampla experiência no segmento de apartamentos populares e loteamentos. Possui MBA em Marketing e utiliza em seu trabalho algumas metodologias como, PDCA, técnicas de liderança, além de metodologias ágeis e criatividade para formação de equipes de alta performance.
MT Econômico: É um prazer recebê-lo aqui, Gustavo! Um executivo que é de Belo Horizonte, lá da terra do café e que veio diretamente para Cuiabá e nós vamos conversar um pouco sobre a Urba. Uma empresa que veio para nosso Estado e embora seja nova aqui, já tem um tempinho de estrada né? Fala um pouquinho para a gente da empresa, onde ela atua e propósito de vir para Mato Grosso
Gustavo Paixão: A Urba é uma empresa de loteamentos que faz parte do grupo MRV&Co, que tem grande atuação, inclusive nos Estados Unidos. A Urba é o ‘braço’ de loteamento do grupo MRV. Ela vem crescendo bastante e nesse ano completou dez anos atuando no mercado. Estamos presentes em 25 cidades e em 6 estados do país, com uma boa dispersão geográfica, já é possível conhecer as regiões do país ao qual queremos atuar. Foram quase 13 mil unidades lançadas nesse período e mais de 6 mil unidades entregues.
Cuiabá é a primeira cidade do Centro-Oeste que o grupo está chegando. Graças à MRV, a cidade já é conhecida por sempre ter bons empreendimentos. Com algumas operações muito concentradas no interior de São Paulo, no Nordeste e no Rio de Janeiro, nossa meta é expandir aqui no Centro-Oeste e no interior de SP. O primeiro loteamento que vamos lançar aqui na capital é o Recanto do Moinho e se tudo der certo, será o primeiro de muitos. Temos algumas áreas aqui em estudo, chegamos para ficar.
MT Econômico: Em relação ao grupo, porque a MRV trabalha focada em apartamentos e a Urba com loteamentos? A ideia seria proporcionar um produto para quem já é da MRV ou vocês visam uma outra classe social, com um público de maior poder aquisitivo? Como funciona essa estratégia de público-alvo de vocês?
Gustavo Paixão: A ideia é diversificar o portfólio de produtos do grupo, já que temos um número muito grande de clientes hoje, que procuram o grupo e às vezes não quer um apartamento de determinada maneira, ou não quer um apartamento. Então, o grupo vem ampliando a solução da plataforma de habitação. Hoje, a MRV é especialista nos apartamentos econômicos, mas que já tem uma linha de apartamentos de padrão mais alto que é a Sensia [incorporadora], uma empresa que funciona dentro do grupo. Outro exemplo, é a Luggo, que também está no grupo e constrói apartamentos para alugar. Com toda essa diversificação de portfólio surgiu a ideia de também termos uma loteadora, já que, o brasileiro gosta muito de morar em casa e construir do seu jeito.
MT Econômico: Você acha que com a pandemia mudou um pouco o perfil dos consumidores com a necessidade dos home-offices, com as pessoas ficando mais tempo em casa, houve diferenciação dos estudos para os lançamentos?
Gustavo Paixão: Durante a pandemia, ficamos um pouco preocupados. Pensávamos: quem vai querer investir dinheiro em um lote para construir essas casas daqui há algum tempo? Talvez as pessoas optem por mudar para um apartamento ou uma casa pronta. Foi uma surpresa para gente, porque o que tínhamos de estoque foi praticamente esgotado. Porque como passamos a ficar em isolamento social, as pessoas passaram a valorizar ainda mais as suas casas. Às vezes a pessoa quer ter um quintal, uma varanda, um espaço para que ela possa sair um pouco. Então houve bastante procura, especialmente de lugares mais afastados do centro, até mesmo pela questão do home-office.
MT Econômico: Gustavo, você falou que o cliente está buscando lotes para construir mesmo em regiões mais afastadas. Onde a Urba está lançando esse primeiro empreendimento aqui em Cuiabá, é de fato, um pouco afastado da região central, porém, vão sair ali entre 4 a 6 condomínios daqui um tempo. É possível que surja até um novo bairro na região. Como foi esse estudo que fizeram para poder implementar o Recanto do Moinho nessa área?
Gustavo Paixão: O loteamento está sempre abrindo frentes, já que dificilmente será possível encontrar em uma região central, um espaço grande o suficiente para construir lotes. As empresas de loteamento estão sempre estudando isso, o retorno e a projeção de crescimento. Para onde a cidade está indo? O que aquela região oferece? Estamos perto do Altos do Coxipó, que embora não seja uma região próxima ao centro, tem fácil acesso pela Avenida das Torres e até pela Estrada do Moinho. Uma região que está se desenvolvendo, que possui comércios. Portanto, o morador não vai precisar ir ao centro com tanta frequência. Há uma previsão de uma segunda etapa desse nosso condomínio, que terá inclusive áreas comerciais, a ideia é que vire um polo comercial.
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MT Econômico: Agora, fala um pouco para gente sobre esse novo empreendimento que vocês estão lançando aqui em Cuiabá, o Recanto do Moinho. Como foi a concepção dele, o conceito?
Gustavo Paixão: Estudamos a região e observamos que Cuiabá é uma cidade bem horizontal. Portanto é um público que conhece os benefícios de morar em condomínios. Quando estudamos a região, percebemos que ali fica há 2 minutos da Estrada do Moinho, o que facilita o acesso ao bairro e ao loteamento. É um produto em forma de condomínio fechado, portanto possui muro, guarita, é mais seguro. Possui uma área de lazer completa, é mais exclusivo, já que possui somente 299 unidades. Tem um espaço com área verde, ou seja, é fácil alinhar lazer, bem-estar, segurança e fácil acesso.
MT Econômico: Qual a previsão de entrega desse empreendimento Recanto do Moinho?
Gustavo Paixão: O prazo de entrega é de 24 meses. Temos conseguido fazer as obras com grande agilidade, portanto, esse prazo não é fora da realidade, visto que, o condomínio não é muito grande.
MT Econômico: A Urba tem intenção de expandir para o interior de Mato Grosso, ou, serão só os cuiabanos que terão a oportunidade de conhecer os empreendimentos da empresa?
Gustavo Paixão: Olha, se tudo caminhar bem, teremos vários cuiabanos com essa opção. Nós estamos com esse condomínio aqui e já temos vários outros projetos na capital e, também, no interior de Mato Grosso. Ainda estamos estudando as cidades e regiões, mas sabemos que há diversas cidades no interior que são muito ricas e prósperas. Embora não tenhamos nenhuma data ou cidade certas, com certeza têm coisas que estamos de olho.
MT Econômico: Assim como a MRV fez há alguns anos aqui na capital, com a instalação de vários empreendimentos, a Urba deve seguir um caminho semelhante, com projetos em várias regiões da capital e de Mato Grosso?
Gustavo Paixão: Quando chegamos em uma cidade, demanda um esforço para as pessoas conhecerem nossa marca e a qualidade de serviço. Portanto quando lançamos um empreendimento em uma cidade, a ideia é que lancemos outros, já que as pessoas passarão a conhecer a qualidade dos nossos serviços e produtos.
MT Econômico: Existe a perspectiva da Urba caminhar para a bolsa de valores, assim como a MRV fez há alguns anos atrás ou não, ela sempre será ali um ‘braço’ da MRV&Co? Como vocês veem a empresa daqui 10 anos?
Gustavo Paixão: É uma possibilidade que a gente estuda. Em 2019, chegamos a estudar o movimento de fazer IPO [abertura de capital na bolsa]. Hoje, não negociamos as ações, porém já temos toda a governança de uma empresa de capital aberto. O mercado de loteamento é muito carente de financiamentos. Portanto, as loteadoras precisam arrumar uma ou várias soluções para resolver isso. Já que, não temos o crédito de financiamento pelo banco, até temos, mas é pouco aderente ao volume que precisamos. Então, sim, estudamos a questão de abertura de capital que é uma das estratégias da empresa. Possuímos também, acionistas fortes com a gente e a ideia é conseguir o financiamento de obra, já que construímos em até 24 meses e recebemos do cliente em 144 [meses], a conta é fácil de fazer né? Por isso precisamos antecipar esse valor recebido. Em resumo, existe sim a possibilidade de um dia irmos para a bolsa de valores.
MT Econômico: Gostaríamos de agradecer a entrevista ao MT Econômico, desejar sucesso nessa empreitada aqui na capital e em todo Mato Grosso. Que as pessoas possam desfrutar dos empreendimentos que fizerem por aqui.
Entrevista Especial MT Econômico: Alessandro Torres com entrevistado Gustavo Paixão, diretor Comercial e de Marketing da Urba. Texto Isadora Sousa sob supervisão e edição de Alessandro Torres
OUÇA O ÁUDIO COMPLETO DA ENTREVISTA ABAIXO
Para conhecer mais o empreendimento Recanto do Moinho clique aqui.