Os estados da região Centro-Oeste performaram de forma distinta no Ranking Estadual de Gestão Sustentável de Ativos Verdes, do CLP (Centro de Liderança Pública). Elaborado em parceria com a Tendências Consultoria, o levantamento avalia os entes subnacionais a partir de indicadores alinhados à visão ESG (environmental, social and governance) e à agenda 2030 da ONU. Enquanto Mato Grosso (3º) e Distrito Federal (4º) estão entre os primeiros colocados, Goiás (9º) e Mato Grosso do Sul (17º) aparecem mais distantes.
O levantamento inédito mede o desempenho das 27 unidades federativas a partir de 33 indicadores, distribuídos em quatro pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da gestão ambiental dos estados: Gestão do CAR, Uso da Terra, Orçamento Verde e Sustentabilidade. Todos os dados são públicos do Sicar (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural) e demais fontes, como IBGE, Embrapa, SNIF, entre outros.
Mato Grosso é o estado com melhor desempenho na região e terceiro colocado geral do Ranking de Gestão Sustentável de Ativos Verdes. O Estado ficou com a liderança nos indicadores de valor da produção e transparência das ações de combate ao desmatamento. Já o Distrito Federal, ocupa a quarta colocação geral, mas é líder em cinco indicadores específicos: desmatamento, imóveis rurais com terra indígena, potencial de cadastro do SICAR, uso da adubação e uso da irrigação.
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Goiás é o nono colocado geral e líder em somente um indicador: controle de doenças e parasitas nos animais. O Mato Grosso do Sul, por sua vez, ficou na 17º posição geral e com a liderança no indicador de subfunção de preservação e conservação ambiental.
“Após a criação do Ranking dos Estados ESG e ODS, o CLP segue desenvolvendo iniciativas capazes de auxiliar gestores públicos a diagnosticar problemas e elencar prioridades, além de mostrar para a população e para o setor privado quem são os estados que estão avançando em direção à agenda sustentável”, comenta Tadeu Barros, diretor-presidente do CLP.
Já para Denise de Pasqual, economista, sócia-fundadora da Tendências Consultoria, ter contribuído para a produção do Ranking de Ativos Verdes marca também a ampliação do escopo de serviços prestados pela consultoria em temas de ESG. “Fazer parte dessa iniciativa, que mostra como os estados estão gerindo seus ativos verdes, é de grande relevância, pois sabemos que o Ranking será uma ferramenta de difusão de boas práticas entre os participantes e até de gestão de políticas públicas associadas à área ambiental”, diz.
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