O índice referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa, encerrou o último pregão de 2022 aos 109.734 pontos. O resultado representa uma queda de 0,46% em relação ao penúltimo pregão, e de 2,45% em comparação ao final do mês de novembro. No entanto, no acumulado do ano, o índice somou alta de 4,69%.
O giro financeiro no último pregão do ano somou R$ 24,4 bilhões. No dia 30, em razão do feriado bancário, não houve negociação de ações na Bolsa Paulista, a B3.
Diferentemente do Brasil, Wall Street caminha para uma perda em 2022.
Já o dólar teve em 2022 sua primeira baixa anual frente ao real em seis anos. Subiu 0,43%, fechando o último pregão do ano em R$ 5,27 reais na venda. No acumulado de 2022, a moeda norte-americana somou queda de 5,3% – a primeira baixa anual desde 2016.
Boa parte das perdas deste ano veio no primeiro trimestre, quando o dólar caiu 14,55% frente ao real, maior tombo percentual trimestral desde o período de abril a junho de 2009 (-15,81%).
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EXPECTATIVA – O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) subiu 0,6 ponto em dezembro, indo para 112,7 pontos. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto, a subida no indicador, após dois meses praticamente estável com alta de 0,3 e 0,1 ponto, foi influenciada pela transição de governo. Com isso, o IIE-Br fechou o ano em nível insatisfatório, acima dos 110 pontos.
“O resultado foi influenciado pelas incertezas da transição de governo e o direcionamento das políticas econômicas do próximo ano, com destaque para a condução da política fiscal”, argumentou.
Destacou que o aumento da incerteza foi impulsionado pela dispersão nas previsões macroeconômicas, o que deve permanecer em alta nos próximos meses.
“A alta do IIE-Br foi motivada pelo componente de expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, devido a uma maior heterogeneidade das previsões para a taxa Selic. Diante da conjuntura doméstica e internacional desafiadora, o Indicador de Incerteza deverá se manter oscilando em patamar elevado nos próximos meses”, afirmou.