O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revisou, para cima, a projeção de produtividade da soja, safra 2022/23, para Mato Grosso. A nova atualizaçãoaponta para rendimento recorde, com média de 60,43 sacas por hectare (sc/ha).
“O Imea revisou a estimativa de rendimento da soja 2022/23 em Mato Grosso, apontando alta de 3,38% em relação ao último relatório. A produtividade para o Estado ficou projetada em 60,43 sc/ha, caracterizando um recorde”, destaca trecho do Boletim Semanal. A safra anterior fechou com saldo de 59,33 sacas de rendimento, no Estado.
As chuvas ocorridas em dezembro do ano passado deram suporte para a recuperação de grande parte das lavouras que apresentavam estresse hídrico em novembro. Além disso, a manutenção das precipitações foi de extrema importância para a continuidade do desenvolvimento positivo da safra.
Entre as regiões, destaque para a médio-norte que apresentou o maior rendimento de 61,03 sc/ha. Por fim, é importante destacar que a colheita da soja está no início, com apenas 24,05% das áreas finalizadas até o dia 3 deste mês. “A previsão de permanência de grandes volumes de chuvas no período da colheita, ainda é um ponto de atenção quanto ao potencial produtivo e a qualidade das lavouras, visto que pode elevar a umidade do grão e o percentual de grãos avariados nas cargas”, pontuam os analistas.
No começo da semana, o MT Econômico mostrou que o ritmo da colheita da soja no Estado está abaixo da média dos últimos cinco anos, conforme acompanhamento do próprio Imea. Dos mais de 11,80 milhões de hectares cultivados com soja na safra 2022/23, cerca de 24% estavam colhidos até a última sexta-feira, dia 3. Dados mostram que o ritmo atual apresenta atrasados em relação à temporada passada, bem como à média dos últimos cinco anos.
Como detalha o Imea, existe um atraso de 22,61 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ritmo registrado em igual momento do ano passado. Em 2022, por exemplo, quase 50% da área estavam colhidos nesse início de mês. Já em relação à média dos últimos cinco anos o ritmo caiu ainda mais: 31,93 p.p.
Entre as regiões, a médio norte segue na dianteira com 29% da sua área colhida, seguida da oeste com 26%.
De acordo com os analistas do Imea, esse atraso – registrado desde o início dos trabalhos – continua sendo reflexo das condições climáticas observadas nas últimas semanas, que apresentaram grandes volumes de chuvas e longos períodos de nebulosidade na maioria das regiões mato-grossense.