Vários revendedores têm recorrido ao Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso) para informar sobre o recebimento de aumentos que variam entre R$ 0,15 a R$ 0,30 no litro da gasolina vendida pelas distribuidoras. Fornecedor direto dos postos, algumas distribuidoras reajustam sem justificar os motivos à revenda. O movimento é mais expressivo em postos bandeira branca.
Além disso, as usinas também apontam alta, não tão intensa, no preço do etanol, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).
A validade da atual desoneração sobre os combustíveis se encerra dia 28 de fevereiro. Portanto, está previsto para março a retomada dos preços com impostos. A desoneração foi prorrogada pelo governo federal por mais dois meses após forte pressão e rumores frente à alta dos combustíveis logo nos primeiros dias do ano.
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O diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares, não percebe abertura para novas desonerações. “O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que não existe nenhuma discussão sobre a desoneração dos combustíveis desde o primeiro dia de janeiro, data da posse do presidente Lula e da equipe do novo governo. Está nos noticiários”, destacou o representante do Sindicato dos Postos de Combustíveis de Mato Grosso.
Apesar da atual redução de PIS/Confins incidentes sobre operações realizadas com gasolina, gás natural veicular e etanol só terminar em 28 de fevereiro, o mercado sofre a pressão de reajustes realizados pelos distribuidores. “Também há notícias de que em algumas distribuidoras não têm volume para ofertar e o aumento é seria uma forma de segurar mais os estoques”, comenta.
“O Sindipetróleo traz este esclarecimento em função da forte cobrança do Procon sobre os motivos dos reajustes, onde os postos são obrigados a entregar notas de vendas e de aquisição de combustíveis ao órgão”, pontua a entidade.