Mato Grosso registrou o 3º lugar do Brasil em relação à criação de empregos formais em janeiro deste ano, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O destaque em nível nacional se deu mesmo com retração de 6,75% em relação ao saldo de vagas registrados em 2023 ante o de 2022. Entre contrações e demissões, o Estado fechou o primeiro mês do ano positivo com a abertura de 13.751 novas vagas com carteira assinada. Em igual momento do ano passado haviam sido 14.747 postos criados.
A frente desse resultado está São Paulo, com 18.663 novas vagas, e Santa Catarina, com 15.727 vagas. Ainda que tenha havido uma perda anual no ritmo da empregabilidade, Mato Grosso abriu 2023 como o maior empregador do Centro-Oeste. Os setores que tiveram os maiores saldos positivos foram: Agropecuária, com 7.782 vagas criadas, seguida por Serviços, com 3.739, Construção Civil, com 992, Indústria, com 624 e Comércio com 578.
Os dados do Caged foram analisados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), por meio do Núcleo de Inteligência de Mercado. Conforme a entidade, o saldo positivo de 13.715 novas vagas criadas deriva do momento de contratações – 57.198 admissões – ante as demissões, com 43.483 desligamentos.
Em Cuiabá, foram registradas 9.825 admissões e 9.372 desligamentos, com saldo positivo de 453 vagas preenchidas. Os setores com saldo positivo foram: Serviços, com 264 vagas preenchidas, Construção Civil, com 149, Indústria, com 23, Agropecuária, com 17 e Comércio com saldo negativo de -164.
Leia também: Caged aponta que geração de emprego em MT está acima da média do país
Segundo o superintendente da CDL Cuiabá e responsável pelo Núcleo de Inteligência de Mercado, Fábio Granja, os números apresentados em janeiro, apesar de saldos positivos no âmbito geral, são 6,75% inferiores em relação ao mesmo momento do ano passado. Em Cuiabá é 41% menor quando comparado com janeiro de 2022.
“É importante constatar que Mato Grosso continua com uma das menores taxas de desemprego do país, já que fechou o ano de 2022 na segunda colocação do ranking nacional com uma taxa de desocupação de 4,3%, ficando atrás somente do estado de Santa Catarina, que fechou com 3,9%. Sabemos que o nosso Estado continua com muitas oportunidades, porém, todos os setores produtivos têm enfrentado o desafio de atrair mão-de-obra para o mercado formal”, disse Granja.
Conforme o superintendente ainda, outro ponto a se destacar é o Agro, que historicamente torna-se o maior empregador no início de ano e o comércio um dos menores. “É raro o comércio apresentar saldo negativo, porém é justificado, já que nos últimos três meses do ano, melhor período de vendas do varejo, ocupou naturalmente o topo do ranking de empregadores com muitas contratações temporárias e diante disso, por não efetivar todos os contratados, o saldo de geração de empregos no primeiro mês do ano acaba sendo prejudicado”, pontuou ele.