A semeadura de milho safra 2023/24, em Mato Grosso, atingiu 99,06% do total das áreas, apresentando um avanço semanal de 1,12 pontos percentuais (p.p.) até o dia 24. Enquanto o cereal avança, cresce também a preocupação com a próxima safra, já que custo de produção do milho alta tecnologia da safra 2023/24 exibe novo reajuste.
De acordo com os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custeio da cultura apresentou uma leve alta de 0,17% ante o mês de janeiro e ficou em R$ 3.363,14 por hectare (ha). Para que o produtor consiga cobrir seu custo da safra 2023/24 é necessário que negocie o seu milho a pelo menos R$ 43,88/sc.
Ainda conforme os analistas do Imea, por mais que em fevereiro tenha havido uma retração no custo com defensivos em 1,58%, o custeio do cereal ficou maior devido à valorização nas despesas com fertilizantes em 0,89% em fevereiro. “Apesar de ter apresentado um pequeno reajuste positivo, é importante destacar que os adubos são responsáveis por 49,86% do custeio, contra 21,11% dos defensivos. No que se refere ao custo operacional efetivo, o aumento foi de 0,39% em fevereiro ante a janeiro e ficou estimado em R$ 4.575,99/ha. Essa alta está atrelada ao reajuste no custeio, além da valorização de 3,29% e 1,25% nos custos com arrendamento e pós-produção, respectivamente”.
PREÇOS – A cotação média do contrato corrente do milho, de acordo com a Bolsa Brasileira (B3), fechou na média (20/03 a 24/03) de R$ 84,57/sc, redução de 1,72% no comparativo semanal. Esse movimento, conforme os analistas do Imea, é em função da entrada do milho verão no Brasil e a necessidade do produtor em negociar o cereal para liberar espaço nos armazéns, somado a menor demanda pelo milho brasileiro. Em relação ao preço disponível em Mato Grosso, o indicador Imea apresentou decréscimo de 1,50% na última semana e fechou na média de R$ 57,77/sc.
“Esse cenário de queda refletiu no mercado brasileiro e vem sendo pautado pela menor demanda de milho no Estado, além do recuo (-0,44%) na cotação do dólar corrente. Assim, os pontos que devem continuar impactando as cotações do milho são: a entrada da safra norte-americana e perspectiva da safra e exportações brasileiras”, explicam