O senador da República por Mato Grosso, Mauro Carvalho (UB), criticou, na semana passada, a maneira como a Reforma Tributária, proposta pelo governo Federal, foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
Mauro defendeu a simplificação e desburocratização da Reforma Tributária. Para ele, o texto precisa ser “reanalisado e aprimorado pelos colegas de Parlamento”, asseverando que todos os setores da sociedade precisam ser ouvidos. “Eu vou discutir junto com a bancada do União Brasil e com os outros senadores. (…) Da forma que ela [a Reforma Tributária] foi apresentada, no afogadilho da Câmara Federal, tem que ser muito aprimorada no Senado, pois nela, todos os Estados são iguais”, destacou Carvalho.
Além disso, Mauro Carvalho reprovou a atitude de deputados que aprovaram a proposta do governo Federal, alegando que a maioria lembrou apenas das camadas mais altas da sociedade na votação da matéria.
“Eu não vi ninguém defendendo a classe menos favorecida, ninguém defendendo a classe média, os micro, pequenos e médios empresários e o setor de serviços. São pessoas que têm de ser ouvidas, tem que ter voz no Senado, para que essa Reforma tenha o equilíbrio de contemplar todos os segmentos”, reforçou.
O senador mato-grossense reiterou sua preocupação com a aprovação da Reforma Tributária da forma que foi enviada para votação no Senado, uma vez que, caso mantida da forma em que está, a proposta prejudicará consideravelmente os estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país.
“Me preocupa muito, porque irá ter um impacto muito grande, inclusive incentivando a sonegação [fiscal]. E os estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste tem que ter um diferencial de alíquota de 5%, no mínimo, para continuar incentivando indústrias a irem para essas regiões, porque senão vai haver uma ‘desindustrialização’ nas três regiões e uma reindustrialização nas regiões Sudeste e Sul do país”, explicou.
“Não faz o menor sentido pessoas irem investir nessas regiões, que estão mais longes dos portos, a logística é mais complicada e a energia é a mais cara do Brasil. Então, nós temos que pensar nessas três regiões para continuar desenvolvendo o país, gerando emprego e renda para a população”, concluiu.
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