O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou nova projeção para a safra 2022/23 do algodão em Mato Grosso. Os dados revelam uma produtividade quase 20% superior na comparação com a safra passada. O saldo geral aponta para mais um ciclo de recordes sobre recordes.
O novo relatório, com dados de agosto, manteve a estimativa de área registrada em junho/23, ficando em 1,20 milhão de hectares (ha), 2,15% superior ao consolidado da safra 2021/22. Com relação aos rendimentos, o Imea reajustou a produtividade para 295,93 arrobas (@/ha), incremento de 1,22% quando comparado com o relatório de julho/23 e 19,39% ante a safra 2021/22.
“Esse movimento foi reflexo das condições climáticas favoráveis registradas no decorrer do ciclo, o que contribuíram para o bom desenvolvimento do algodão no Estado, inclusive, nas áreas que foram semeadas fora da janela ideal. Cabe destacar que o clima segue contribuindo para o andamento dos trabalhos a campo no Estado, o que tem auxiliado na expectativa de maior rendimento”, explicam os analistas do Imea.
Com o ajuste na produtividade e a manutenção de área semeada, a produção de algodão em caroço ficou estimada em 5,34 milhões de toneladas, “o que indica safra recorde para a cultura no Estado, superando o último recorde da safra 2019/20 em 2,54%.
COMERCIALIZAÇÃO AVANÇA – Em julho/23, a comercialização de pluma da safra 2022/23, em Mato Grosso, alcançou 72,24% da produção estimada para o ciclo, avanço mensal de 2,46 pontos percentuais (p.p.), a um preço médio de R$ 133,88/@. “Cabe destacar que o preço médio comercializado em julho/23 foi 0,39% maior que o registrado em junho/23, reflexo da valorização das cotações na Bolsa de Nova York, o que contribuiu para as novas vendas no Estado. No que se refere à safra 2023/24, o avanço mensal (julho ante junho/23) foi de 11,38 p.p., atingindo 34,59% da produção estimada para o ciclo. Os cotonicultores aproveitaram o movimento altista nas cotações da fibra na segunda quinzena de julho/23 para fecharem novos negócios, visto que as vendas da safra se encontram atrasadas quando comparada com o mesmo período do ciclo 2022/23 devido aos baixos patamares de preço. Com isso, o preço médio da pluma em julho/23 ficou na média de R$ 133,20, alta de 0,41% ante a junho/23”, contextualizam os analistas.