No mundo moderno é muito comum a inversão de papéis onde a mulher assume a função de pai, que ou é ausente ou não ocupa seu lugar. Esse tipo de estrutura familiar e essa ausência do pai pode influenciar de forma decisiva em nossas vidas.
É difícil entender essa relação e a falta dela. A explicação pode estar na ciência fenomenológica que consiste em olhar sem vícios e juízos. É saber que perceber com os sentidos é o que “parece” e não necessariamente o que “é”.
A presença do pai não é apenas biologicamente necessária que a ausência dele pode ser tolerada ou suportada ou sua presença pode ser conflituosa em que filho tenta assumir o lugar do pai ou exclui o pai do relacionamento, ou simplesmente não consegue perdoar o pai por que morreu muito cedo e se sente abandonado. Com isso, vemos pessoas que carregam essa mágoa no inconsciente e em alguns casos não conseguem se firmar no relacionamento e em alguns casos compensam na bebida e nas drogas.
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Não se trata da necessidade real da proteção às vezes, mas de uma necessidade neurológica e/ou biológica da simples presença.
Podemos dizer que há um descompasso adaptativo entre a vida real e a evolução. Ter um pai em seu papel de pai é quase uma necessidade cerebral, biológica e psicológica. É uma questão de seguir a hierarquia. O pai não vai deixar de ser pai porque foi embora ou porque morreu ou porque está em casa, mas é ausente. É preciso resolver esse emaranhado familiar para que sua vida flua da maneira correta e na ordem natural das coisas. Precisamos estar abertos a resolver as coisas que estão no nosso consciente e no nosso inconsciente para seguir nosso caminho no nosso papel de filho.
Eluise Dorileo é psicóloga, terapeuta familiar e maestria nas novas constelações quânticas.