O Hidrogênio verde por ser uma fonte renovável e não poluente promete ser o combustível do futuro e um dos principais responsáveis pela descarbonização de diversos países europeus. O Brasil, por ser um país de proporções continentais possui grande oportunidade de produção desse combustível.
Mas afinal se essa fonte de combustível vai ter tanta importância nos próximos anos, porque não está em evidência? O MT Econômico traz essa pauta especial sobre o Hidrogênio Verde e explica porque ele pode ser a fonte de combustível do futuro.
Hidrogênio Verde
Gerado a partir de fontes renováveis e com o aproveitamento de biomassa e a instalação de parques de energia eólica e solar, entre outras, o hidrogênio verde é uma fonte de energia limpa que só emite vapor de água e não deixa resíduos no ar.
O hidrogênio verde (H2V) é obtido por meio da eletrólise da água. Esse processo separa hidrogênio e oxigênio da água através de corrente elétrica, exigindo fontes limpas como solar, hídrica ou eólica. No Brasil, o hidrogênio verde pode ser usado para armazenar energia renovável em períodos de alta produção e baixa demanda elétrica.
O hidrogênio verde apresenta uma série de benefícios como fonte energética renovável e não poluente, destacando-se como o combustível do futuro. Sua produção e transporte devem ser livres de combustíveis fósseis ou processos prejudiciais ao meio ambiente.
Devido a sua abundância e proporção territorial, o Brasil pode se tornar o principal produtor desse combustível nos próximos anos.
Produção
Por conta da sua dimensão continental, além das particularidades de cada região – como diferentes biomas, o Brasil apresenta um enorme potencial para a produção de hidrogênio verde. Em abril deste ano, foi instalada a Comissão Especial para Debate de Políticas Públicas sobre Hidrogênio Verde, presidida pelo senador Cid Gomes (PDT-CE).
Isso porque, apesar do seu potencial de produção, o Brasil ainda não tem nenhum marco regulatório em sua legislação que trate do hidrogênio verde, apesar da perspectiva é que até 2030 sejam investidos mais de US$ 500 bilhões em mais de 131 projetos diferentes aqui no país.
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O Brasil possui uma grande capacidade de produção de hidrogênio sustentável, tanto para consumo interno quanto para exportação. Sua vantagem competitiva neste setor posiciona o país estrategicamente nos planos de descarbonização de países europeus, já que o hidrogênio é a fonte de combustível do futuro.
Um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que ao se consolidar como produtor de hidrogênio, o Brasil tem o potencial de impulsionar a economia durante as próximas gerações, já que, o setor gerará ganhos econômicos significativos, além da geração de empregos e renda. Sem contar o avanço tecnológico que proporcionará, colocando o Brasil em destaque mundial.
Devido a importância que a fonte terá para o país, O hidrogênio verde é foco de duas comissões especiais instaladas no Congresso Nacional, uma na Câmara dos Deputados e outra no Senado.
A proposta realizada na última semana na Casa é que seja criado um ambiente regulatório para a produção do combustível, tendo em vista que hoje, o Brasil conta com 47% de fontes renováveis em sua matriz energética.
Com a criação do marco regulatório, o país poderá ser capacitado para enfrentar os desafios futuros no processo de transição energética global, já que, os combustíveis fósseis além de estarem cada vez mais escassos, estão diariamente acelerando o aquecimento global.
Quais regiões podem produzir o hidrogênio verde?
Como já dito nesta reportagem, por conta de seu tamanho territorial e sua diversidade de biomas, qualquer região do país pode produzir o combustível. Embora, atualmente, a região Nordeste esteja mais avançada.
O Ceará, por exemplo, é atualmente um dos estados mais interessados na regulamentação, já que possui diversos acordos internacionais assinados.
Produção de hidrogênio verde em Mato Grosso
Em 2021, foi apresentado pelo deputado estadual Valdir Barranco (PT), o Projeto de Lei nº 1032/2021, que propunha a criação da Política Estadual de Hidrogênio Verde, com a proposta de mudar a matriz energética de Mato Grosso, reduzindo assim o uso de combustíveis fósseis. O projeto parece que não avançou em discussões no Parlamento Estadual até o momento.
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