Com apenas 3% dos mato-grossenses com idade para trabalhar fora do mercado de trabalho, o Estado volta a ocupar a segunda posição no País com a menor taxa de desocupação. O recuo foi de 1,5 ponto percentual (p.p.) no índice no segundo trimestre de 2023 sobre o trimestre anterior. O bom desempenho no Estado, segundo o presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, ocorre em conjunto à forte atuação dos setores do comércio e serviços na geração de empregos.
“O aumento na quantidade de pessoas na força de trabalho e na renda média são fatores importantes para manter uma economia dinâmica, visto que os setores do comércio e serviços ajudam a impulsionar esses números, que já são responsáveis por boa parte do crescimento econômico em geral, inclusive, na geração de empregos formais, o que é confirmado pelo Caged“, explica Wenceslau Júnior.
Com a variação observada no último levantamento, o Estado passa a ter a segunda menor taxa entre as demais unidades federativas, atrás somente de Rondônia, que mostra 2,4% na taxa de desocupação, e à frente de Santa Catarina, com 3,5%. A média brasileira foi de 8,0%, que caiu 0,8 p.p. ante o primeiro trimestre deste ano (8,8%) e 1,3 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%).
Os dados do segundo trimestre da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C), divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam, ainda, que a renda média mensal atingiu R$ 3.161,00 no Estado, considerando que a pessoa em idade para trabalhar exerce uma ou mais atividade trabalhista. Conforme análise do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT), foi observado um crescimento de 7,48% sobre a renda média no comparativo com o mesmo trimestre do ano passado.
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Entre o último trimestre de 2022 e o primeiro de 2023, houve um aumento na taxa de desocupação no Estado em 1 p.p., porém, antes desse período ocorreram oito consecutivos recuos observados desde o fim de 2020. Para efeito de comparação, no 4º trimestre daquele ano, eram 10,7% de mato-grossenses desocupados, até chegar ao patamar de 3,5% da população no Estado consideradas desocupadas no último trimestre de 2022.
Wenceslau Júnior explica que “apesar de um crescimento na taxa de desocupação no primeiro semestre do ano, neste segundo, a taxa retoma tendência de queda, mantendo Mato Grosso entre as menores taxas de desocupação do país”.
As pessoas ocupadas no setor privado em Mato Grosso chegam a 930 mil e 225 mil no setor público e 623 mil pessoas ocupas informalmente. Nesse sentido, entre os demais estados, Mato Grosso possui a 7ª menor proporção de informalidade, em 35,0%, para comparar, o Pará com 58,7% possui a maior taxa e Santa Catarina mostra a menor, em 26,6%.