O Instituto Ação Verde vai apresentar a plataforma Inova CPR, durante o Green Rio, que será realizado na capital do Rio de Janeiro, entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro deste ano. O Inova CPR, segundo o presidente do Instituto, Luiz Pedro Bier, é uma ferramenta destinada aos produtores rurais para que possam acessar o mercado de crédito de carbono.
Segundo Bier, a ferramenta vai se tornar operacional em breve e deve avaliar a capacidade de geração de renda das fazendas por meio da comercialização do crédito de carbono. Além disso, a ferramenta tem a função de encontrar financiamentos para cobrir os custos dos projetos, visando eliminar a necessidade de desembolsos por parte do produtor rural.
“O objetivo é que essa ferramenta facilite a entrada do produtor no mercado. O produtor rural, em geral, não tem know-how, não sabe como fazer o comércio de crédito de carbono. A gente entende que isso pode ser uma fonte de renda no futuro próximo e essa ferramenta tem a função de democratizar a informação”, afirma Bier.
O presidente do Instituto Ação Verde explica também que a ferramenta vai permitir que os produtores conheçam melhor os potenciais de suas propriedades para captação de carbono e levantar ainda mais dados sobre a sustentabilidade da agricultura mato-grossense. Ademais, a plataforma também visa conectar o produtor com os potenciais investidores.
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Ainda segundo Bier, a participação do Instituto no Green Rio é fundamental para que o setor produtivo possa apresentar a sustentabilidade da agricultura de Mato Grosso para o mundo. Nesse sentido, explica, o Inova CPR pode fornecer dados que comprovam a capacidade dos produtores em conservar o meio ambiente, como suas nascentes e demais ativos ambientais.
O Green Rio é um evento realizado pelo Ministério da Agricultura da Alemanha, que trata sobre negócios, inovação e pesquisa em bioeconomia e economia verde entre o Brasil e Alemanha, assim como outros países.
“É um evento onde a gente vai falar para pessoas do mercado financeiro, agentes governamentais, de ONGs. É necessário a gente fazer esse tipo de comunicação, pois nossos maiores ataques vêm de pessoas que realmente não conhecem o setor, que não conhecem o dia a dia do produtor rural mato-grossense e que simplesmente ouvem falar”, afirma.