O preço do litro da gasolina, em Mato Grosso seguiu na contramão do registrado no Brasil na segunda semana de setembro. Enquanto na média nacional o combustível recuou 0,30%, no Estado aumentou 0,22%, passando de R$ 6,187 para R$ 6,201.
Segundo dados atualizados pelo levantamento semanal de preços de combustíveis da ValeCard, entre os estados do Centro-Oeste, apenas Mato Grosso exibiu alta. Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás fecharam o período com recuos de 0,68%, 0,95% e 0,26%, respectivamente.
Em relação ao etanol hidratado, Mato Grosso inverteu: foi o único da região e reduzir preços: -0,57%.
Conforme a ValeCard, os preços dos principais combustíveis veiculares usados no Brasil tiveram comportamento distintos. Enquanto o diesel teve nova alta (0,54%), a gasolina caiu 0,30% e o etanol ficou praticamente estável (-0,07%), sendo mais vantajoso financeiramente para veículos flex em 15 unidades da federação.
O preço da gasolina nos postos de combustíveis apresentou queda de 0,30% no período de 8 a 14 de setembro, em comparação com a semana anterior (01 a 07 de setembro), com valor médio de R$ 6,002 por litro — variação negativa de R$ 0,018.
“Como o etanol tem se mostrado vantajoso financeiramente para veículos flex na maior parte do País, o varejo está sendo forçado a segurar um pouco os preços da gasolina. Mas isso pode mudar nas próximas semanas, já que não ocorreu o repasse integral do reajuste de 16,3% nas refinarias promovido pela Petrobras, anunciado no dia 15 de agosto, e as cotações do petróleo no mercado internacional estão em crescimento”, explica Brendon Rodrigues, Head de inovação e portfólio na ValeCard.
Os dados mostram que as unidades federativas que registraram as maiores quedas foram Acre (-6,72%), Rio Grande do Norte (-1,17%) e Goiás (-0,95%). A unidade federativa com menor preço médio do litro da gasolina foi São Paulo, a R$ 5,783. Na outra ponta, Rondônia apresentou a maior média, a R$ 6,674.
ETANOL – O preço do etanol hidratado (usado diretamente como combustível veicular) nos postos de combustíveis apresentou uma leve queda de 0,07%, com valor médio de R$ 3,754 por litro, variação negativa de R$ 0,003.
“A queda no preço do etanol é decorrente do crescimento da produção de cana-de-açúcar, o que influi em toda a cadeia produtiva do combustível”, diz Rodrigues.
Segundo dados da Única, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, a moagem de cana-de-açúcar na segunda quinzena de agosto registrou crescimento de 5,22%, na comparação com o mesmo período do ciclo passado. Por sua vez, a produção de etanol hidratado aumentou 8,13%.
Os dados mostram que as unidades federativas que registraram a maior queda foram Tocantins (-2,08%), Rio Grande do Sul (-1,64%) e Goiás (-1,54%). A unidade federativa com menor preço médio foi São Paulo, a R$ 3,578 e na outra ponta, Amazonas apresentou a maior média, a R$ 4,587.
A oscilação de preços influi diretamente na decisão de motoristas que possuem carros com motores flex. Segundo a ValeCard, para que o uso de etanol hidratado compense financeiramente em relação à gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o preço do litro do combustível renovável deve ser igual ou inferior a 70% do preço do litro do combustível fóssil.
Considerando essa metodologia, na segunda semana de setembro valeu a pena abastecer com etanol nas seguintes unidades federativas: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe, São Paulo e Tocantins.