A série história de calor no País impacta no consumo e nas estruturas que levam energia às casas e empresas. Mato Grosso registrou em agosto a maior carga já medida em 23 anos, chegando ao pico de 2.2 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano. Os números são da Energisa, concessionária local, que está com um plano de ação contra os efeitos do fenômeno El Niño, que tem influenciado no clima extremo.
Ontem por exemplo, Várzea Grande, conforme dados do ClimaTempo, registrou a maior máxima do Estado: 41 graus. Cuiabá bateu 40,9 graus. Nessa semana, o calor esteve tão acentuado que além da máxima de 43 graus durante o dia, ainda se observou 36 graus à noite.
Para se ter uma ideia, em 2020 quando o Estado enfrentou a maior seca em 60 anos e uma onda de queimadas que devastou o Pantanal, o maior pico de consumo de energia foi registrado em outubro, com 2.0 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano.
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“Já está claro que em setembro e outubro de 2023 nós vamos ter novos recordes de demanda por energia. E isso está diretamente ligado às altas temperaturas. Em junho nós montamos um comitê de crise por conta do El Niño e temos alertado a sociedade sobre esse fenômeno. Aqui dentro estamos fazendo reuniões diárias de crise para mapear pontos sensíveis de abastecimento no Estado’’, destacou o gerente de operações da Energisa José Nelson Quadrado Júnior.
Ainda segundo Quadrado, na noite da última segunda-feira (25), os termômetros marcavam 36ºC às 19h na Capital. Vinte e um transformadores pararam de funcionar por pico de carga. Os maiores problemas foram gerados em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Alta Floresta.