A pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT) divulgou os dados sobre a Intenção de Compra para o Natal de 2023, onde devem ser injetados R$ 870 milhões na economia mato-grossense. O montante é 45% maior do que o verificado na pesquisa anterior, além de ter uma pretensão média de gasto 59,24% superior também no comparativo com o Natal passado, chegando a R$ 585,72.
Para entidade, o aumento no volume e na média de gasto para o Natal deste ano em relação à pesquisa anterior. “O aumento é muito importante para os setores produtivos do estado, indicando um aquecimento em diversos segmentos do comércio e serviços neste período”.
A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 17 de novembro de 2023, com 503 entrevistados em 32 municípios do estado. Entre os respondentes, 58% afirmaram que irão as compras para a data, enquanto os que não consumirão somam 34% e os que não sabem são 8%.
A pesquisa traz os principais produtos citados pelos entrevistados, com destaque para roupas, com 36% de participação, seguido de brinquedos com 14% e alimentação e bebidas com 13%. Cosméticos e perfumes foram citados por 7%, seguido de eletrônicos com 6% e eletrodomésticos com 5%. Sapatos e móveis somaram 3% cada, juntamente com alimentação fora de casa. Entre as formas de pagamento, a principal é o cartão de crédito com 53%, PIX aparece depois com 20%.
Conforme o IPF-MT, este crescimento pode estar conectado ao crescimento do emprego, com Mato Grosso se consolidando com a segunda menor taxa de desemprego no 3º trimestre desse ano, isso favorece a renda das famílias e sua amplitude de consumo”.
Sobre preferências no consumo, quando perguntado sobre o dia da semana, 42% pretendem realizar suas compras no sábado, seguido de 24% que não sabem o dia da semana. Outro levantamento, é a comparação com os gastos para a data em 2022, em que 35% afirmaram que gastarão mais esse ano, o mesmo percentual dos que afirmaram que gastarão o mesmo.
A pesquisa reforça a continuidade na tendência de ida aos centros das cidades, além do uso do cartão de crédito. “Esses dois fatores impactam no comércio local em grande medida, além de mostrarem a capacidade de consumo das famílias mato-grossenses, já que as compras a prazo podem ser uma ferramenta muito importante de consumo”.
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Já para os que não consumirão na data, 37% dos respondentes apontaram condições financeiras como empecilho e outros 27% citaram disponibilidade de tempo. A margem de erro estimada na pesquisa divulgada pelo IPF-MT é de 3% para mais ou para menos.
NO BRASIL – As vendas de Natal de 2023 devem movimentar R$ 68,97 bilhões no varejo brasileiro, um aumento de 5,6% em relação ao ano anterior (descontada a inflação). Conforme a estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esse crescimento, o maior em quatro anos, sugere uma recuperação significativa do setor, mas ainda se espera que o volume de vendas fique abaixo dos níveis pré-pandemia, quando o faturamento superou R$ 70,9 bilhões (2019).
“Observamos um cenário propício ao aumento das vendas neste fim de ano, graças às condições favoráveis de consumo”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “A ampliação do potencial de consumo, aliada ao início do processo de flexibilização da política monetária e à redução da taxa básica de juros, tem impulsionado os gastos dos consumidores”, completa.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua revela que a massa real de rendimentos cresceu 5% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Para Tadros, a união desses fatores traz um horizonte positivo ao varejo: outra pesquisa da CNC, divulgada neste mês, aponta que os consumidores devem priorizar a ida às compras na hora de destinar a segunda parcela do 13º.