A semeadura da soja da safra 2023/24 em Mato Grosso atingiu 100% dos 12,13 milhões de hectares estimados para a temporada. Nesta semana, o avanço foi de 0,04 pontos percentuais (p.p.). O cultivo da temporada cravou exatamente 14 semanas e entra para história como o mais longo já registrado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). As últimas regiões a concluírem os trabalhos foram: centro-sul e nordeste.
Nesta safra, como destaca o Imea, os produtores que conseguiram a autorização do Ministério da Agricultura (Mapa) para semear, a partir de 1º de setembro, a soja, tem a possibilidade inédita de adiantar a semeadura. “No entanto, a falta de chuva e as temperaturas elevadas provocadas pelo El Niño atrasaram o ritmo dos trabalhos a campo e a estimativa é de que 5,81% da área total seja ressemeada no estado”, observam os analistas.
Já a semeadura do algodão da safra 2023/24 avançou 0,65 p.p. na semana, alcançando 0,92% da área estimada para o ciclo. Em função dos registros de poucos volumes de chuva, houve uma desaceleração no ritmo da semeadura, o que refletiu em um atraso de 0,32 p.p. se comparado com o mesmo período do ano passado.
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A SOJA – Conforme já noticiado pelo MT Econômico, as projeções da soja foram revisadas pra baixo, pela primeira vez, após oito estimativas de safra. Com modificações na área e na produtividade, a produção da safra 2023/24 ficou projetada em 42,13 milhões de toneladas, queda de 3,78% ante ao relatório anterior.
A área de soja projetada para a temporada 2023/24 em Mato Grosso reduziu 0,74% em relação ao mês passado, ficando em 12,13 milhões de hectares, ante uma expectativa de 12,22 milhões de hectares. Além de áreas abandonadas pela falta de janela ideal ao cultivo da oleaginosa, alguns produtores revisaram seu planejamento e resolveram entrar logo com o cultivo do algodão, ampliando a superfície dedicada a segunda safra da pluma, bem como antecipando o plantio.