Os produtores de soja de Mato Grosso têm até o dia 15 de fevereiro para realizar a atualização anual do cadastro das propriedades no Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT). O informe ao órgão do governo do Estado é obrigatório e o sojicultor que não fizer a atualização corre o risco de ser multado.
Para fazer o cadastro, o produtor de soja precisa informar todos os dados solicitados no cadastro, além de fornecer as coordenadas geográficas da lavoura. O produtor só precisará ir até a sede do Indea, se a propriedade não tiver cadastro no órgão.
Pouco mais de 4 mil produtores rurais já haviam feito o cadastramento de 6.553 Unidades de Produção (UPs), antes da virada do mês, que ocupam juntas uma área de 6 milhões de hectares destinados ao plantio da oleaginosa.
A multa em caso de não atualização é de R$ 2.321,80.
O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap/MT) emitiu um alerta para os produtores de soja do estado, destacando a necessidade de atualização anual. O Sintap enfatiza que a conformidade com esse requisito é essencial para evitar possíveis penalidades e assegurar a regularidade das operações agrícolas no estado. “É fundamental que os produtores de soja estejam cientes da urgência desse procedimento, garantindo a continuidade de suas atividades sem intercorrências legais”, lembrou a presidente do Sintap/MT, Diany Dias.
MODERNIZAÇÃO – Os atestados de vacinação contra a brucelose passaram a ser enviados ao Indea-MT pela internet. Até dezembro passado, o documento que comprovava a vacinação contra a doença transmissível que ataca os bovinos, outras espécies animais e o homem, era apresentado apenas de forma presencial nas unidades que o órgão possui nas 139 cidades do estado.
Todo veterinário que aplica a vacina precisa obrigatoriamente ser capacitado pelo Indea. Após passar pelo curso, ele recebe um login e senha para ter acesso ao sistema de informe ao módulo.
Conforme a presidente do Indea-MT, Emanuele de Almeida, a mudança simplifica a comunicação entre produtor rural e governo do Estado, além de desobrigar o criador a deslocar da propriedade para informar a vacinação.
“Em Mato Grosso, o período de vacinação contra a brucelose ocorre em duas etapas uma no primeiro semestre e outra no segundo e devem, obrigatoriamente, ser imunizadas todas as bezerras entre 3 a 8 meses. O atestado de vacinação é emitido pelo médico veterinário, que, com a informatização do informe, comunica ao Indea os animais vacinados”, afirmou.
Nas campanhas anuais de imunização contra a brucelose, o Indea recebe em média 170 mil atestados, que comprovam a vacinação de 4 milhões de bezerras.
Líder no ranking de estados com o maior número de cabeças de gado em todo o país, Mato Grosso tem um rebanho bovino de mais de 34,4 milhões de animais. O quantitativo foi levantado durante a campanha de atualização de estoque de rebanho, realizada entre 1º de maio e 15 de junho de 2023, pelo Indea.
BRUCELOSE – A brucelose é uma doença perigosa e que traz prejuízos tanto para a saúde animal quanto à pública. Na vaca pode causar aborto do feto e retenção de placenta depois do parto, e no touro pode ter uma inflamação nos testículos e ficar estéril.
O produtor rural do estado que não vacina fica sujeito a multa de 1 Unidade Padrão Fiscal (UPF/MT) por animal, no valor de R$ 232,18.Para controlar essa doença no Brasil, desde 2001, o criador de gado e de búfalo é obrigado a vacinar todas as fêmeas do rebanho entre três e oito meses de vida. Além de abater aqueles que estão comprovadamente doentes.