As vendas do comércio varejista, em Mato Grosso, fecharam 2023 com alta de 3,4%. O percentual é o segundo melhor da região Centro-Oeste, porém, abaixo da média nacional em 4,1%. Esses e outros dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem (7) pelo IBGE.
Regionalmente, o melhor desempenho em 2023 ficou com Mato Grosso do Sul, alta anual de 4,5%. Na sequencia está Mato Grosso, Goiás com saldo positivo de 2,3% e o Distrito Federal com alta de 1,5%.
Conforme a pesquisa, em dezembro, o comércio mato-grossense cresceu 5,1% na comparação com igual mês de 2022 e superando a média nacional para o período, cujo crescimento foi de 3,9%. Já em relação a novembro, o crescimento mensal do setor é de 0,7%.
Na passagem de novembro para dezembro, as vendas do comércio varejista mostraram recuo em 13 das 27 unidades da federação, com destaque para: Espírito Santo (-14,3%), Rio Grande do Sul (-2,9%) e Paraná (-1,8%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 14 estados, com destaque para Alagoas (3,5%), Amapá (3,1%) e Goiás (3,0%).
No país as vendas recuaram 1,3% na passagem de novembro para dezembro. É o segundo resultado efetivamente negativo para 2023, fora da faixa de variação entre -0,1% e -0,5%, e o de maior amplitude. Apesar disso, o varejo encerrou o ano no campo positivo, acumulando 1,7%, resultado superior a 2022 (1,0%).
“No ano anterior, o resultado havia sido de 1,0% de crescimento, portanto, em 2023, observamos um resultado maior que em 2022, mantendo a tendência de 6 anos consecutivos de crescimento. Também setorialmente, falando em varejo ampliado, observamos uma disseminação de resultados positivos, com apenas 4 das 11 categorias no campo negativo”, avalia o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
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SEIS SETORES NO NEGATIVO – A queda de 1,3% na passagem de novembro para dezembro representa o segundo resultado efetivamente negativo, ou seja, fora da faixa de variação entre -0,1% e -0,5%, e de maior amplitude no ano, após a queda de 0,8% em maio. Houve resultados negativos em seis dos oito setores pesquisados no varejo: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-13,1%), Móveis e eletrodomésticos (-7,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,5%).
“Pensando um pouco na lógica do comércio, novembro tem passado por concentrar ao longo do tempo a receita de outubro e dezembro, por causa da Black Friday. As pessoas atrasam as compras de outubro e adiantam as de dezembro por causa desse período. Ainda em comparação com os últimos quatro anos, dezembro de 2023 registrou o menor resultado negativo, com queda de 1,3%”, esclarece Santos.
Apenas dois dos oito grupamentos pesquisados não registraram taxa negativa: Combustíveis e lubrificantes (1,5%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%). No varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças caiu 4,5% e material de construção variou 0,4%.